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Teste-Folha-Mauá
Equipado como alemães, C6 deve motor mais potente
Citroën é mais barato que rivais; motor vindo do C5 leva ainda mais peso
Anna Carolina Negri/Folha Imagem
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Com quase 5 m, C6 tem frente longa e traseira curta; porta-malas leva 488 l, e passageiros contam com 1 m de espaço para as pernas |
DA REPORTAGEM LOCAL
O Citroën C6 é daquele tipo
de carro pelo qual é difícil se
apaixonar à primeira vista. Foi
assim também com seus predecessores, como o DS -lançado
em 1956- e o SM, de 1970.
O XM, vendido no Brasil nos
anos 90, também entra na lista
de "devaneios" da Citroën. Ninguém pode dizer, porém, que
faltam criatividade e inovação
aos projetistas desses modelos.
O C6, por exemplo, é um sedã
que, por ter a frente longa e a
traseira curta, faz as vezes de
um hatchback. Os ares conservadores da Mercedes-Benz e os
esportivos da BMW, no entanto, passam longe do francês.
Na rua, ninguém sabe, ao certo, se o dono daqueles quase
cinco metros de comprimento
tem dinheiro ou apenas coragem. Afinal, trata-se de um Citroën de R$ 225 mil.
Em comparação com os concorrentes alemães, o C6 ganha
em preço, empata em conforto
e perde feio em motorização.
Pelo porte, ele mereceria, pelo menos, o motor 3.5 V6 (seis
cilindros em "V") da Mercedes-Benz, que gera 272 cv (cavalos)
e equipa o E 350.
O 3.0 V6 -também usado no
C5- ganhou 5 cv e agora tem
215 cv. Mas, se ele já era fraco
para os 1.589 kg do C5, padece
para levar os 1.834 kg do C6.
No teste Folha-Mauá, o sedã
precisou de 11,25s para chegar
aos 100 km/h, quase 1s mais
lento que o C5. Na mesma prova, o E 350 leva apenas 7,27s.
Isso, porém, são "detalhes
tão pequenos de nós dois", cantaria Roberto Carlos. Por dentro, o C6 é tão equipado quanto
os concorrentes alemães.
Há bancos de couro elétricos
e aquecidos, ar-condicionado
com ajuste individual para o
motorista e o passageiro, disqueteira para seis CDs, velocímetro digital projetado no pára-brisa e avisos sonoros de
obstáculos dianteiro e traseiro.
À noite, faróis duplos de xenônio se encarregam de acompanhar o contorno das curvas.
Além dos faróis, as curvas
são facilitadas pela suspensão
Hydractive 3, regulada por botões no console central de madeira escura. É possível deixar
a suspensão mais alta, mais
baixa ou "apenas" firme.
Vida de patrão
A direção elétrica, mesmo
que imprecisa em altas velocidades, dá moleza ao motorista
que prefere andar devagar. O
melhor lugar no C6, porém, é
no banco de trás.
Com entreeixos de 2,90 m, o
espaço para as pernas chega a
um metro. O melhor: é possível
afastar o banco do passageiro
usando um botão no encosto de
braço traseiro. Sem falar no
ajuste -também elétrico- independente para os assentos.
Por mais que os alemães digam que falta alma aos franceses, o DS e o SM ficariam orgulhosos da cria. Afinal, querendo
ou não, o C6 é inesquecível.
(FABIANO SEVERO)
O carro foi cedido para teste pela montadora
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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