São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007

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Teste-Folha-Mauá

Equipado como alemães, C6 deve motor mais potente

Citroën é mais barato que rivais; motor vindo do C5 leva ainda mais peso

Anna Carolina Negri/Folha Imagem
Com quase 5 m, C6 tem frente longa e traseira curta; porta-malas leva 488 l, e passageiros contam com 1 m de espaço para as pernas


DA REPORTAGEM LOCAL

O Citroën C6 é daquele tipo de carro pelo qual é difícil se apaixonar à primeira vista. Foi assim também com seus predecessores, como o DS -lançado em 1956- e o SM, de 1970.
O XM, vendido no Brasil nos anos 90, também entra na lista de "devaneios" da Citroën. Ninguém pode dizer, porém, que faltam criatividade e inovação aos projetistas desses modelos.
O C6, por exemplo, é um sedã que, por ter a frente longa e a traseira curta, faz as vezes de um hatchback. Os ares conservadores da Mercedes-Benz e os esportivos da BMW, no entanto, passam longe do francês.
Na rua, ninguém sabe, ao certo, se o dono daqueles quase cinco metros de comprimento tem dinheiro ou apenas coragem. Afinal, trata-se de um Citroën de R$ 225 mil.
Em comparação com os concorrentes alemães, o C6 ganha em preço, empata em conforto e perde feio em motorização.
Pelo porte, ele mereceria, pelo menos, o motor 3.5 V6 (seis cilindros em "V") da Mercedes-Benz, que gera 272 cv (cavalos) e equipa o E 350.
O 3.0 V6 -também usado no C5- ganhou 5 cv e agora tem 215 cv. Mas, se ele já era fraco para os 1.589 kg do C5, padece para levar os 1.834 kg do C6.
No teste Folha-Mauá, o sedã precisou de 11,25s para chegar aos 100 km/h, quase 1s mais lento que o C5. Na mesma prova, o E 350 leva apenas 7,27s.
Isso, porém, são "detalhes tão pequenos de nós dois", cantaria Roberto Carlos. Por dentro, o C6 é tão equipado quanto os concorrentes alemães.
Há bancos de couro elétricos e aquecidos, ar-condicionado com ajuste individual para o motorista e o passageiro, disqueteira para seis CDs, velocímetro digital projetado no pára-brisa e avisos sonoros de obstáculos dianteiro e traseiro.
À noite, faróis duplos de xenônio se encarregam de acompanhar o contorno das curvas.
Além dos faróis, as curvas são facilitadas pela suspensão Hydractive 3, regulada por botões no console central de madeira escura. É possível deixar a suspensão mais alta, mais baixa ou "apenas" firme.

Vida de patrão
A direção elétrica, mesmo que imprecisa em altas velocidades, dá moleza ao motorista que prefere andar devagar. O melhor lugar no C6, porém, é no banco de trás.
Com entreeixos de 2,90 m, o espaço para as pernas chega a um metro. O melhor: é possível afastar o banco do passageiro usando um botão no encosto de braço traseiro. Sem falar no ajuste -também elétrico- independente para os assentos.
Por mais que os alemães digam que falta alma aos franceses, o DS e o SM ficariam orgulhosos da cria. Afinal, querendo ou não, o C6 é inesquecível.
(FABIANO SEVERO)


O carro foi cedido para teste pela montadora

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092



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