São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2006

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Emplacamento e renovação de habilitação podem ser feitos diretamente no Detran

DA REPORTAGEM LOCAL

Burocracia é uma daquelas palavras que, só de ouvi-la, já se torce o nariz. Só que o trâmite legal pode ser bem menos complicado do que se imagina. É o que acontece com os processos nos Detrans (Departamentos Estaduais de Trânsito) para a renovação da carteira de motorista, o emplacamento do carro e a transferência de município. Se o motorista preferir contratar um despachante, gastará, em geral, 60% a mais.
O processo mais complicado -e caro- é o de emplacamento do veículo novo. "Por isso as concessionárias cobram tanto pelo serviço", explica o despachante Silvio Roberto, 37. Há 17 anos no ramo, ele cobra, em média, R$ 150, sem as taxas exigidas pelo Detran, que somam R$ 208,25. "Ainda assim, é bem menos que os R$ 450 cobrados, em média, para que o carro já saia da loja com a placa."
Sabendo disso, a contadora Maria Elisa Gonçalves, 53, fez todo o processo de emplacamento sozinha. "Quando comprei o carro, o vendedor quis cobrar R$ 500. Achei muito caro e resolvi fazer tudo diretamente no Detran", explica Gonçalves, que diz ter demorado um dia inteiro entre autenticações de documentos, validações e lacrações de placa.
O processo de renovação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) costuma ser mais simples, ainda que os candidatos com a primeira carteira anterior a 22 de novembro de 1999 sejam obrigados a fazer as provas teóricas de direção defensiva e primeiros socorros.
"O honorário para esse serviço é o mais baixo. Custa, em média, R$ 80, R$ 40 a menos que o de transferência de município", diz o despachante Robson Fernandes Álvares, 48.
Segundo ele, não existe uma tabela de honorários calculada pelo Sindicato dos Despachantes Documentalistas do Estados de São Paulo. "Por isso é tão difícil estabelecer um valor fixo para os serviços."
(FABIANO SEVERO)


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