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O que será do amanhã
Carro "verde" deixa de ser conceito e começa a chegar às lojas
Felipe Nóbrega/Folha Imagem
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Esportivo Vision, da BMW, promete desempenho de M3 e emissões
de smart fortwo
FELIPE NÓBREGA
ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT
O Salão de Frankfurt, famoso por destacar a potência de
seus lançamentos e conceitos, agora mira os holofotes
em modelos "verdes", com
baixa emissão de poluentes.
Quem visita a mais importante exposição europeia de
automóveis, que vai até o dia
27, sai de lá espantado com a
enxurrada de modelos elétricos que as montadoras prometem lançar prontamente.
Apesar de 8% dos motoristas alemães estarem convencidos de que os elétricos já são
viáveis, é preciso tirar os
olhos dos estandes e mirar
nas ruas. A rede de abastecimento ainda é escassa e as
(caras) baterias têm autonomia média de 50 km.
Mesmo assim, a indústria
está convencida de que a forma de atrair consumidores é
oferecer produtos mais econômicos e menos poluentes.
Um dos adeptos da redução
de emissões foi a segunda geração do Citroën C3. O compacto a diesel, que ganhou 8
cm e para-brisa panorâmico,
reduziu seu despejo de CO2
(dióxido de carbono) para
99 g/km -25% menos do que
a versão anterior.
Coincidência ou não, é o índice atingido pelo novo Astra
europeu, lançado pela Opel,
que, depois que foi comprada
pela Magna, está cada vez
mais distante do Brasil.
Na tomada
Quem quer ganhar uma
passagem para o Brasil é o Renault Fluence. Mas o sucessor
do Mégane, que logo estreia
na Turquia, não será fabricado no Mercosul antes que a
versão elétrica do carro seja
lançada na Europa, em 2011.
Dois anos depois será a vez
do Volks E-Up! ("E" de elétrico). Com capacidade para até
quatro ocupantes, o carrinho
de 60 kW de potência capta
energia solar por placas no teto para prolongar sua autonomia para 130 km.
Como seu motor não emite
barulho, o motorista poderá
acionar pelo sistema de áudio
um som que imita o ronco de
um motor a gasolina.
O anunciado "Fusca do futuro" chegará ao Brasil sim,
mas com tecnologia "flex".
Como a VW, outras montadoras estão ansiosas para saber como o mercado alemão
reagirá sem os incentivos fiscais -o governo dava 2.500
para quem trocasse um carro
usado por um novo.
Já a França concede
5.000 de desconto em impostos para quem comprar
um automóvel que não emita
CO2, como os elétricos.
O iOn, da Peugeot, que irá
do salão para as lojas, será um
dos beneficiados, assim como
o híbrido esportivo Tesla
Roadster, que, diferentemente dos elétricos, não precisa
ser carregado em uma tomada por horas para andar algumas dezenas de quilômetros.
O jornalista viajou a convite da Anfavea
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