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Brasil bate recorde e emplaca 3 milhões
Mercado aquecido atrai a JAC Motors, sexta chinesa no país; marca promete quatro modelos em 2010
FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Na última quinta-feira, o
Brasil atingiu a marca histórica
de 3 milhões de veículos novos
emplacados. A China também
comemora. Fechará o ano com
crescimento de 28% e vendas
de 12 milhões. Números que a
colocam na liderança mundial,
desbancando os EUA.
Mas são os resultados brasileiros que fizeram a chinesa
JAC Motors anunciar sua chegada ao país. Mas, ao contrário
das outras cinco marcas conterrâneas já instaladas, a Jianghuai Automobile Co. quer
concorrer em segmentos mais
sofisticados, como o de minivans e o de sedãs médios de
R$ 60 mil.
As importações começam no
final de 2010, quando a marca
promete inaugurar 50 concessionárias -a Audi, por exemplo, tem 25 lojas pelo país.
Para o importador da JAC,
Sérgio Habib (ex-Citroën), a
maior dificuldade vai ser desassociar a imagem dos carros chineses à baixa qualidade e à falta
de personalidade. Há modelos
que são cópias de carros consagrados, como o Toyota Corolla
e seu "clone" BYD F3.
A BYD, aliás, negocia a vinda
ao país com o grupo CAOA, representante da sul-coreana
Hyundai e da japonesa Subaru.
"Até 2014, quando o Brasil
prevê absorver 4 milhões de
veículos, os chineses devem
abocanhar entre 3% e 5%",
acredita Habib -mesma fatia
que a Hyundai e a Kia detêm
hoje. A JAC prevê comercializar 35 mil carros por ano.
Qualidade
Em novembro, chinesas da
Abeiva (associação das importadoras) somaram 2.120 emplacamentos (0,1%). A metade
é da marca Hafei, que vende
Towner em versões van ou
picape por R$ 25 mil. São equipadas com motor 1.0 (48 cv).
Outra que usa a tática do preço baixo é a Chery. O jipinho
Tiggo 2.0 (135 cv) custa R$ 10
mil a menos que o rival Eco-
Sport (R$ 59 mil). O Ford não
tem bom acabamento, mas é
melhor que o do chinês.
O Tiggo, porém, ganhará uma
nova geração em 2010. O Ford,
com a mesma idade de projeto,
será apenas reestilizado.
"A velocidade de evolução é o
grande trunfo dos carros chineses, que, em geral, ainda precisam melhorar muito", opina
Luiz Carlos Augusto, diretor da
Jato Consultoria.
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