São Paulo, domingo, 21 de março de 2004

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VAN

Novo modelo da Citroën chega ao Brasil por R$ 135 mil com o mesmo motor da Picasso e capacidade para até sete pessoas

Espaçosa, a familiar C8 deve desempenho

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A BRAGANÇA PAULISTA

O mercado de luxo no Brasil vem caindo a cada ano. Passou de 18.140 carros em 1999 para 5.957 no ano passado. Culpa da redução do poder aquisitivo e da cotação do dólar e do euro. É para essa restrita faixa de consumo que a Citroën começa a trazer da França a van C8, que custará R$ 135 mil.
Mas ela poderia ser ainda mais cara. "Vamos trazer só o motor 2.0 por causa do imposto. Com o V6 [seis cilindros em "V"], a C8 sairia por R$ 185 mil", explica Sergio Habib, presidente da Citroën do Brasil. Assim, o novo modelo é equipado com o mesmo motor da Picasso, de 138 cv (cavalos). O câmbio automático com opção de trocas manuais é o que equipará a minivan a partir de maio.
Pesando quase 400 quilos a mais que a Picasso, é óbvio que o desempenho da C8 não é dos mais empolgantes. Segundo a fábrica, a velocidade máxima é de 193 km/h, e a aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 12,1s -número que parece otimista demais, já que a "irmã" menor leva 10,87s, segundo teste Folha-Mauá.
"Não é um carro rápido, mas quem compra não procura desempenho", diz Habib. Sua previsão é vender 300 unidades neste ano para pais de classe A, entre 40 e 55 anos e que tenham dois ou três filhos. A C8 pode levar sete pessoas, e os bancos dianteiros giram até 180. As portas traseiras, deslizantes, são elétricas.
Além de espaço interno abundante, o mais novo monovolume do mercado -apresentado oficialmente no Salão de São Paulo de 2002- compensa a motorização fraca com uma extensa lista de equipamentos de série. A van tem controlador de velocidade, computador de bordo, sensor de chuva -que, além de acionar as palhetas, fecha os vidros- e detector de obstáculos traseiros.
Na verdade, os opcionais são só dois: banco com regulagem elétrica (R$ 3.200) e teto solar dividido em três partes (R$ 4.000). A luminosidade também vem do amplo pára-brisa (são 2,2 m2 de vidro) e por baixo do painel: há um espaço que permite à luz passar.
Como na Picasso, os mostradores estão no centro, mas aqui são analógicos. Atrás do volante há um mostrador multifunções -hodômetro, indicação de setas e nível de óleo, entre outros-, cuja visualização é difícil.

Segurança
A C8 conta com 60 porta-objetos, segundo as contas da Citroën. Também tem um porta-bebidas refrigerado, e seu porta-luvas comporta 18 litros. O espaço interno é favorecido pela alavanca do freio de mão do lado esquerdo do banco do motorista e a do câmbio, que fica no painel.
Enquanto a petizada se diverte atrás -onde há mesas como as de avião e tomadas para ligar o videogame-, pais e mães corujas podem espionar por meio de um espelho embutido no teto.
Portas, vidros e teto solar voltam à posição inicial se encontram algum obstáculo quando são fechados. Já a trilha sonora sai de um toca-CDs idêntico ao do C3 e ao do Peugeot 206, feitos no Rio.
Disponível em quatro cores, a C8 tem seis airbags, freios com ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) e AFU (assistência à frenagem de emergência). O pisca-alerta liga sozinho quando o motorista pisa fundo no freio. A carroceria é toda reforçada.
Por tudo isso, o modelo ganhou cinco estrelas do Euro NCAP (entidade de segurança veicular européia). O mesmo aconteceu com a Peugeot 807, que divide a plataforma com a C8 e também chega ao Brasil ainda neste ano.


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