|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VAN
Novo modelo da Citroën chega ao Brasil por R$ 135 mil com o mesmo motor da Picasso e capacidade para até sete pessoas
Espaçosa, a familiar C8 deve desempenho
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A BRAGANÇA PAULISTA
O mercado de luxo no Brasil
vem caindo a cada ano. Passou de
18.140 carros em 1999 para 5.957
no ano passado. Culpa da redução do poder aquisitivo e da cotação do dólar e do euro. É para essa
restrita faixa de consumo que a
Citroën começa a trazer da França
a van C8, que custará R$ 135 mil.
Mas ela poderia ser ainda mais
cara. "Vamos trazer só o motor
2.0 por causa do imposto. Com o
V6 [seis cilindros em "V"], a C8
sairia por R$ 185 mil", explica Sergio Habib, presidente da Citroën
do Brasil. Assim, o novo modelo é
equipado com o mesmo motor da
Picasso, de 138 cv (cavalos). O
câmbio automático com opção de
trocas manuais é o que equipará a
minivan a partir de maio.
Pesando quase 400 quilos a
mais que a Picasso, é óbvio que o
desempenho da C8 não é dos
mais empolgantes. Segundo a fábrica, a velocidade máxima é de
193 km/h, e a aceleração de 0 a
100 km/h acontece em 12,1s -número que parece otimista demais,
já que a "irmã" menor leva 10,87s,
segundo teste Folha-Mauá.
"Não é um carro rápido, mas
quem compra não procura desempenho", diz Habib. Sua previsão é vender 300 unidades neste
ano para pais de classe A, entre 40
e 55 anos e que tenham dois ou
três filhos. A C8 pode levar sete
pessoas, e os bancos dianteiros giram até 180. As portas traseiras,
deslizantes, são elétricas.
Além de espaço interno abundante, o mais novo monovolume
do mercado -apresentado oficialmente no Salão de São Paulo
de 2002- compensa a motorização fraca com uma extensa lista
de equipamentos de série. A van
tem controlador de velocidade,
computador de bordo, sensor de
chuva -que, além de acionar as
palhetas, fecha os vidros- e detector de obstáculos traseiros.
Na verdade, os opcionais são só
dois: banco com regulagem elétrica (R$ 3.200) e teto solar dividido
em três partes (R$ 4.000). A luminosidade também vem do amplo
pára-brisa (são 2,2 m2 de vidro) e
por baixo do painel: há um espaço
que permite à luz passar.
Como na Picasso, os mostradores estão no centro, mas aqui são
analógicos. Atrás do volante há
um mostrador multifunções
-hodômetro, indicação de setas
e nível de óleo, entre outros-,
cuja visualização é difícil.
Segurança
A C8 conta com 60 porta-objetos, segundo as contas da Citroën.
Também tem um porta-bebidas
refrigerado, e seu porta-luvas
comporta 18 litros. O espaço interno é favorecido pela alavanca
do freio de mão do lado esquerdo
do banco do motorista e a do
câmbio, que fica no painel.
Enquanto a petizada se diverte
atrás -onde há mesas como as
de avião e tomadas para ligar o videogame-, pais e mães corujas
podem espionar por meio de um
espelho embutido no teto.
Portas, vidros e teto solar voltam à posição inicial se encontram algum obstáculo quando
são fechados. Já a trilha sonora sai
de um toca-CDs idêntico ao do C3
e ao do Peugeot 206, feitos no Rio.
Disponível em quatro cores, a
C8 tem seis airbags, freios com
ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da força de
frenagem) e AFU (assistência à
frenagem de emergência). O pisca-alerta liga sozinho quando o
motorista pisa fundo no freio. A
carroceria é toda reforçada.
Por tudo isso, o modelo ganhou
cinco estrelas do Euro NCAP (entidade de segurança veicular européia). O mesmo aconteceu com
a Peugeot 807, que divide a plataforma com a C8 e também chega
ao Brasil ainda neste ano.
Texto Anterior: Reboque Próximo Texto: Ficha técnica Índice
|