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Kia Soul chega em julho na faixa de R$ 55 mil
"Utilitário esportivo urbano" não terá kits de
personalização oferecidos aos outros mercados
PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL A MIAMI
O que o novato Kia Soul 1.6
tem em comum com os veteranos Honda Fit 1.4 (R$ 51 mil),
Nissan Livina 1.6 (R$ 49 mil),
Chevrolet Meriva 1.4 (R$ 47
mil) e Fiat Idea 1.4 (R$ 46 mil)?
Exceção para a faixa de preço, que será em torno de R$ 55
mil, mais nada. O Soul chega ao
mercado mundial -e ao Brasil
no final de julho- com a proposta de não se enquadrar em
nenhuma categoria tradicional.
Afinal ele não é nem minivan
nem perua nem hatch. É algo
como um minúsculo "utilitário
esportivo urbano", como a Kia
o classifica, mas sem aquele aspecto de durão do Land Rover,
de quem ele roubou as saídas de
ar nos para-lamas dianteiros,
perto das portas, mas que nele
tem apenas função decorativa.
E, apesar de os desenhistas
terem se inspirado no Mini
Cooper, seus 4,1 m o distanciam 40 cm do inglesinho, mas
dão como vantagem um bom
espaço interno (1.785 mm de
largura e 1.610 mm de altura).
Traduzidas, essas medidas
significam um interior com
"pé-direito" excelente: ninguém irá bater a cabeça ao entrar no carro ou ao se acomodar. É confortável para quatro
passageiros -adultos e altos.
O desenho da carroceria é
marcante, com recortes e saliências no capô, no para-lamas
e na tampa do porta-malas. O
para-brisa é amplo, as maçanetas e a tampa do tanque são cromadas, e os faróis e as grandes
lanternas dão "ar musculoso".
Quando o assunto é acabamento, o Soul não revela de cara a sua origem. Mas um olhar
atento nas partes que compõem o todo delatam que o
plástico em excesso faz ruído,
colocando-o em certo descompasso com a concorrência.
Primeiro lote
A Kia prevê fabricar, na Coreia, 136 mil unidades do Soul
por ano: 36 mil ficarão por lá,
50 mil irão para os EUA, 30 mil,
para a Europa, e 20 mil, mundo
afora -no Brasil, o primeiro lote chega com 600 carros.
Aqui desembarca apenas a
versão equipada com motor 1.6
16V, com 124 cv de potência e
16 kgfm de torque, com câmbio
manual ou automático, de quatro velocidades. A 2.0, com 144
cv, não virá. Nenhum dos motores é flexível.
De série, trará freios ABS,
airbags, ar-condicionado, direção hidráulica e toca-CDs.
Focado no público jovem, a
partir de laboratório feito no
Salão de São Paulo, já vem com
rodas de aro 18 e oferecerá 11
opções de cores. Mas a Kia não
ousou tanto e decidiu não trazer os kits de personalização.
Entre os mais inusitados, estão adesivos com grafismo de
dragão e porta-objetos e porta-luvas revestidos por dentro
com acabamento colorido.
O pacote com retrovisor interno com câmera de estacionamento e alto-falantes que se
iluminam ao ritmo da música
também não vêm.
Com o Soul, a Kia quer mudar a percepção mundial da
marca. Sem dúvida, fez um carro que não remete a nada do
que a empresa fez até hoje.
A jornalista viajou a convite da Kia, que cedeu o
carro para avaliação.
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