São Paulo, domingo, 21 de junho de 2009

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Kia Soul chega em julho na faixa de R$ 55 mil

"Utilitário esportivo urbano" não terá kits de personalização oferecidos aos outros mercados

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL A MIAMI

O que o novato Kia Soul 1.6 tem em comum com os veteranos Honda Fit 1.4 (R$ 51 mil), Nissan Livina 1.6 (R$ 49 mil), Chevrolet Meriva 1.4 (R$ 47 mil) e Fiat Idea 1.4 (R$ 46 mil)?
Exceção para a faixa de preço, que será em torno de R$ 55 mil, mais nada. O Soul chega ao mercado mundial -e ao Brasil no final de julho- com a proposta de não se enquadrar em nenhuma categoria tradicional.
Afinal ele não é nem minivan nem perua nem hatch. É algo como um minúsculo "utilitário esportivo urbano", como a Kia o classifica, mas sem aquele aspecto de durão do Land Rover, de quem ele roubou as saídas de ar nos para-lamas dianteiros, perto das portas, mas que nele tem apenas função decorativa.
E, apesar de os desenhistas terem se inspirado no Mini Cooper, seus 4,1 m o distanciam 40 cm do inglesinho, mas dão como vantagem um bom espaço interno (1.785 mm de largura e 1.610 mm de altura).
Traduzidas, essas medidas significam um interior com "pé-direito" excelente: ninguém irá bater a cabeça ao entrar no carro ou ao se acomodar. É confortável para quatro passageiros -adultos e altos.
O desenho da carroceria é marcante, com recortes e saliências no capô, no para-lamas e na tampa do porta-malas. O para-brisa é amplo, as maçanetas e a tampa do tanque são cromadas, e os faróis e as grandes lanternas dão "ar musculoso".
Quando o assunto é acabamento, o Soul não revela de cara a sua origem. Mas um olhar atento nas partes que compõem o todo delatam que o plástico em excesso faz ruído, colocando-o em certo descompasso com a concorrência.

Primeiro lote
A Kia prevê fabricar, na Coreia, 136 mil unidades do Soul por ano: 36 mil ficarão por lá, 50 mil irão para os EUA, 30 mil, para a Europa, e 20 mil, mundo afora -no Brasil, o primeiro lote chega com 600 carros.
Aqui desembarca apenas a versão equipada com motor 1.6 16V, com 124 cv de potência e 16 kgfm de torque, com câmbio manual ou automático, de quatro velocidades. A 2.0, com 144 cv, não virá. Nenhum dos motores é flexível.
De série, trará freios ABS, airbags, ar-condicionado, direção hidráulica e toca-CDs.
Focado no público jovem, a partir de laboratório feito no Salão de São Paulo, já vem com rodas de aro 18 e oferecerá 11 opções de cores. Mas a Kia não ousou tanto e decidiu não trazer os kits de personalização.
Entre os mais inusitados, estão adesivos com grafismo de dragão e porta-objetos e porta-luvas revestidos por dentro com acabamento colorido.
O pacote com retrovisor interno com câmera de estacionamento e alto-falantes que se iluminam ao ritmo da música também não vêm.
Com o Soul, a Kia quer mudar a percepção mundial da marca. Sem dúvida, fez um carro que não remete a nada do que a empresa fez até hoje.


A jornalista viajou a convite da Kia, que cedeu o carro para avaliação.



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