São Paulo, domingo, 21 de junho de 2009

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Financeiras retardam repasse da redução de juro

Economia no fim de um plano de 48 meses pode passar de R$ 1.000

DA REPORTAGEM LOCAL

Quase duas semanas após o Banco Central cortar os juros básicos da economia (Selic) em um ponto percentual -para 9,25% ao ano-, concessionárias ainda usam as taxas antigas para planos de financiamento.
"Não há como precisar quando chegarão as novas planilhas de juros. Depende de cada banco", diz Reinaldo Nerva, gerente da Sinal, revenda Fiat.
Para o professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) Keyler Carvalho Rocha, quando a Selic cai, há diminuição do custo de captação do dinheiro.
"Para repassar as taxas ao consumidor, as financeiras analisam a conjuntura do mercado. Com as vendas aquecidas pela redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados], não têm pressa em reajustar as taxas", afirma Rocha.
Segundo o consultor de vendas Juvenal Bonifácio, nem sempre o repasse das taxas de juros é imediato. "Mas, na época do auge da crise, no fim do ano passado, as financeiras atualizavam as tabelas até mais de uma vez por semana, logo que surgia alguma mudança na economia", lembra.

R$ 10 por parcela
De acordo com Alexandre Luiz, da concessionária Palazzo Chevrolet, o medo do consumidor de perder o desconto do IPI é maior do que a preocupação com a queda dos juros.
"Quem trabalha com a taxa de 1,49% ao mês, por exemplo, poderia reduzi-la para cerca de 1,42%. Em financiamentos longos, como os de 48 meses, a redução na prestação de um "popular" poderia ser menor do que R$ 10 por parcela", calcula.
Procurada pela Folha, a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) não quis comentar.
(FELIPE NÓBREGA)


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