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52% ainda não fizeram a inspeção veicular
Irregulares com placa de final de 1 a 8 podem ser multados em blitz e por radar
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Dos 4,7 milhões de veículos que a Secretaria do Verde
e Meio Ambiente estima como frota circulante da cidade
de São Paulo, cerca de 2,4
milhões deles ainda não tinham feito a inspeção veicular, até o final de outubro.
Entre os que compareceram e os que não, há veículos
com placa de final 9, que têm
de setembro a novembro para fazer a inspeção, e de final 0 (de outubro a dezembro).
Os de placa com final de 1 a
8 já podem ser multados. Segundo a prefeitura, 440 foram autuados por agentes de
trânsito, mas, com a utilização de radares inteligentes, o
número deve aumentar.
Os 177 radares da capital
que fazem leitura de placas
também vão autuar os veículos que não fizeram a inspeção, assim que a portaria, já
aprovada, for publicada no
Diário Oficial, o que deve
ocorrer ainda nesta semana.
Os automóveis irregulares poderão receber até quatro multas de R$ 550 por mês.
A Controlar está convocando por carta os proprietários que não compareceram.
Até agora, a mensagem foi enviada para os de veículos com placas de final de 1 a 4.
"No caso de veículos regularizados, a tendência nos
mostrou que praticamente
todos compareceram à inspeção, mas o fato é que, com
o avanço da ação, verificou-se que a frota de veículos com
a documentação irregular
tem se mostrado superior às
estimativas de 25%", afirma
Harald Peter Zwetkoff, diretor-presidente da Controlar.
Dos 2,3 milhões de veículos que fizeram a inspeção,
21% foram barrados no primeiro teste, e 5% foram reprovados em definitivo.
Zwetkoff defende os resultados e afirma que a Controlar segue os limites de emissões estabelecidos pelo Conama (Conselho Nacional do
Meio Ambiente). "O fato de o
veículo ser novo não significa que esteja dentro dos padrões determinados por lei."
Para Moacyr Alberto Paes, diretor-executivo da Abraciclo (associação dos fabricantes de motos), os índices propostos são mais rigorosos do
que os exigidos para a homologação dos veículos.
A Abraciclo solicitou ao
Ibama e ao Ministério do
Meio Ambiente que revise os
índices. "Esperamos obter
posicionamento quanto ao
assunto em futuro próximo."
Para Ricardo Bock, professor de engenharia da FEI
(Fundação Educacional Inaciana), o motor foi projetado para trabalhar a quente.
"Fora da temperatura ideal [funcionando a pelo menos 15 minutos] ou com
combustível adulterado, é muito provável que o veículo seja reprovado."
Colaborou FELIPE NÓBREGA
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