São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2010 |
Próximo Texto | Índice
INVASÃO CHINESA Folha testa com exclusividade o Lifan 320, que estará no Salão de SP, com Chana, Chery, Effa, Great Wall, Haima, JAC...
RICARDO RIBEIRO ENVIADO ESPECIAL A MONTEVIDÉU "Uma fábrica de carros?", estranha Lucio, taxista uruguaio, ao ser informado do destino do passageiro na desértica região de San José, a 40 minutos de Montevidéu. Após explicações, ele dá um sorriso irônico: "Não é uma fábrica de carros. É uma fábrica de carros chineses", brinca, em bom espanhol. A ressalva é frequente no Uruguai e no Brasil, onde cinco marcas chinesas já estão no mercado e mais quatro novas estarão no Salão de São Paulo, em outubro. No Anhembi, a China terá mais marcas do que qualquer outro país. Até 2011, serão 11. "Nossos carros têm qualidade. Passaram nos testes europeus", defende Eduardo Effa, presidente do grupo que trará também a Lifan. A Folha foi ao Uruguai para avaliar, com exclusividade, o Lifan 320, que será lançado no Brasil em setembro. Pequeno e baixo, o hatch é bom de curvas e anda colado no chão. É bem divertido! O motor 1.3 (88 cv) da Lifan tem boas respostas, mas requer paciência oriental para aguentar o barulho. Acima dos 80 km/h, recorra aos sete deuses chineses da sorte -o carro todo treme. Mas a suspensão mantém o conforto. MINI CÓPIA Se o acelerador não é para pisar fundo, o freio, sim. Com o pedal pressionado até a metade do curso, o carro segue andando sem cerimônia. Por fora, nem precisa dizer que o Lifan é uma imitação declarada do Mini Cooper, com a tradição do "inspirado" design chinês. "De longe, parece o Mini. Mas, quando você chega perto, é diferente", admite Effa. Por dentro, outro mundo. Requinte só no moderno painel, com velocímetro digital. Há excesso de plástico, rebarbas e rugas nos bancos. A arma chinesa está mesmo no preço. O 320 chega por R$ 29.980, com ar-condicionado, direção hidráulica, airbag, freios ABS e trio elétrico. Com isso tudo, o rival VW Fox 1.0 vai a R$ 42 mil. A Lifan tem a otimista meta de vender 2.000 unidades no Brasil até o final do ano, sendo 70% do hatch 320 e o resto do sedã 620. Com plano de abrir 17 revendas em setembro, é preciso que cada loja venda um por dia. Em 2011, quando a Lifan quer 50 revendas, a meta sobe para 15 mil carros. O 320 ainda enfrentará o Chery Face, o JAC J3... Próximo Texto: Lifan vai trazer mais 3 modelos até 2011 Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |