LUÍS PEREZ
ENVIADO ESPECIAL A LULEA (SUÉCIA)

Mais um utilitário esportivo de marca tradicionalmente conhecida por seus sedãs de luxo chega ao mercado daqui a dois meses. É o Volvo XC90, cujos trunfos são, além dos inéditos sete lugares e do sistema de telefonia (devidamente testado e aprovado em ligações transoceânicas), a tradição de segurança da marca sueca.
Avaliado pela Folha numa situação insólita (inverossímil no Brasil), em trilhas sobre o mar Báltico congelado -forma-se uma camada de 70 cm de espessura-, em Lulea, cidade ao norte da Suécia, o jipão se saiu bem no verdadeiro "sabão" que o piso vira.
Pudera. É dotado de inúmeros sistemas eletrônicos para manter o veículo sob controle, como o ABS (antitravamento) e o DSTC (sistemas de tração nas quatro rodas e de antiderrapagem).
Dois outros diferenciais que pretendem tirar dos utilitários esportivos a pecha de matadores são o sistema anticapotamento (RSC) e a longarina transversal rebaixada para "salvar terceiros" -ocupantes do outro automóvel caso ocorra uma batida frontal.

Preço
Seus concorrentes são os alemães Porsche Cayenne, Mercedes-Benz Classe M e BMW X5. Como todos custam de R$ 250 mil para cima, a Volvo decidiu fixar um valor competitivo. "Hoje seria vendido a R$ 267 mil", afirma Anders Norinder, 34, diretor-executivo da Volvo Automóveis.
Até o criticável excesso de simplicidade do painel é defendido como parte da preocupação com a segurança. "É muito mais fácil lidar com esses comandos", defende Norinder. De fato, acostumar-se com o joystic de um BMW Série 7 leva um certo tempo.
A primeira versão a ser importada do novo topo de linha da Volvo é a T6, de 276 cv (cavalos) de potência, que, segundo a fábrica, atinge os 100 km/h em 9,3 segundos, com a velocidade máxima limitada a 210 km/h. Em 2004 deve vir uma mais em conta, a 2.5T, com motor de 213 cv.