Chinesa Chery mostra seu primeiro carro no Brasil, e coreana Kia, seu primeiro carro que perturba o Civic

DA REDAÇÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nem a crise econômica na Ásia impediu que montadoras chinesa e coreana mantivessem seus investimentos no Brasil. A Kia quer entrar de vez no mercado dos sedãs, e a Chery quer apenas entrar. E pela porta da frente: vem brigar no segmento dos jipes urbanos, o que mais cresce no mundo.
Para isso, o Tiggo traz motor 2.0 (135 cv) e tudo que se espera de um rival do Ford EcoSport: ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico num pacote único de R$ 49,9 mil.
No momento, só haverá versão com câmbio manual e tração dianteira. O Tiggo 4x4 automático chegará no primeiro trimestre do ano que vem, talvez com motor bicombustível.
Também "flex" serão os Chery Face (R$ 29,9 mil), QQ (R$ 22,9 mil) e A3 (R$ 42,9 mil), este sem nome definido por razões óbvias, o Audi A3.
"Esperamos vender 3.500 carros até dezembro, e outros 10 mil em 2010", prevê Luis Curi, presidente da Chery.
Se acontecer, a empresa deve abrir uma fábrica no Brasil e depender menos da do Uruguai, onde é montado o Tiggo e o Face -QQ e A3 vêm da China.

Cerato
Já a Kia resolveu mexer no vespeiro do segmento de sedãs médios e ressuscitou o Cerato.
Em grande estilo, diga-se de passagem. O desenho é claramente inspirado no do Civic. E isso é um baita elogio para uma marca coreana em fase de afirmação no mercado brasileiro.
O motor é o mesmo 1.6 a gasolina do Soul, que gera 126 cv. A transmissão automática tem quatro marchas e, nas serras, se atrapalha um pouco. Melhor usar o modo sequencial.
O acabamento revela que os coreanos estão aprendendo e andam frequentando escolas melhores que as dos chineses.
Manual, o Cerato custa R$ 49,9 mil; automático, R$ 57,9 mil. A Kia planeja vender 3.000 Cerato neste ano. "Flex"? Só em 2010, se o mercado ajudar. (FABIANO SEVERO e RICARDO RIBEIRO)


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