São Paulo, domingo, 23 de agosto de 2009 |
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peças & acessórios Uma manhã de medo e raro prazer Guiar o 207 na terra não é nada fácil e exige técnicas apuradas de rali DO ENVIADO ESPECIAL A RIBEIRÃO PRETO
Dirigir o novo Peugeot 207
Rally na terra provoca sentimentos contrapostos: há um
misto de medo e raro prazer.
É a apreensão sobre o domínio de uma máquina feita para
perder (e recuperar) o controle.
E cabe a você tentar dominá-la.
Na terra, o francês Sébastien
Loeb, pentacampeão do WRC
(Campeonato Mundial de Rali), faz tudo parecer fácil. O 207,
a anos-luz do refinado Citroën
C4 WRC, mostra que não é.
A dificuldade começa logo ao
entrar no carro. As barras de
proteção nas portas obrigam o
piloto a fazer uma ginástica para se acomodar nos bancos do
tipo concha. Sem regulagem, do
jeito que você senta, fica.
Ao ligar o 207, o estouro e o
ronco do motor 1.6 dão o primeiro susto. O escapamento e a
central eletrônica foram retrabalhados para gerar 140 cv com
álcool -10 cv a mais que o 206
Rally, que usa gasolina e ainda é
maioria na Copa Peugeot.
Mas o medo bate mesmo
quando você acelera tudo que
pode e entra na primeira curva.
A tração dianteira e o baixo
atrito dos pneus 185/65 R14 fazem a traseira "dançar" na terra com facilidade cativante.
Os amortecedores da Peugeot Sport francesa não deixam
o carro inclinar. E vem o prazer: você sai do outro lado da
curva e vê que pode dominar o
contraesterço -girar o volante
no sentido contrário ao da curva e acertar a trajetória do 207.
Isso só acontece se você pisar
fundo no acelerador no instante em que mais pensa: "Agora
não vai dar". E dá. Aliviar o pé é
pior. O carro roda feito peão. O jornalista viajou a convite da Peugeot, que cedeu o 207 Rally para avaliação
Assista ao vídeo das
manobras de rali no 207
www.folha.com.br/092339
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