São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2011

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SUPER SONIC

Compacto 'premium' da GM chega em 2012 e brigará com o Ford New Fiesta; Folha foi aos EUA para conferir se ele tem todo esse poder

John F. Martin/divulgação
Os faróis com duplo projetor deixaram o Sonic com cara de mau

EDUARDO SODRÉ
ENVIADO ESPECIAL A DETROIT (EUA)

Um raro raio de sol cortou as nuvens sobre o campo de provas da GM. É outono nos Estados Unidos, e Detroit está cinzenta e fria. Mas, para a centenária Chevrolet, ainda é primavera: momento de renascer e conquistar gente nova. É para isso que foi feito o compacto Sonic.
Na pista em que a Folha testou com exclusividade o modelo, havia opções hatch com câmbio automático e sedã com caixa manual; ambas têm seis marchas e motor 1.4 turbo (138 cv). Serão poucas voltas, mas é a oportunidade de conhecer o modelo que chegará ao Brasil em 2012.
Seu alvo tem nome: Ford New Fiesta. Em comparação ao rival, o Sonic oferece um pouco mais de espaço interno (em todos os assentos) e um pouco menos de refinamento -é mais simples, por dentro e por fora. O painel mistura conta-giros analógico com velocímetro digital. As peças se sobrepõem com harmonia, um belo exercício de design.
A frente é invocada, mas o motor 1.4 preza pela suavidade. A turbina começa a soprar cedo e há sempre respostas prontas aos comandos do acelerador. A chegada dessa versão ao Brasil, porém, é duvidosa. O mais cotado para estes trópicos é o 1.6 16V (115 cv), que será "flex".
As incertezas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) atrasaram os planos. A princípio, o carro seria importado dos Estados Unidos ou da Coreia do Sul, onde o projeto foi desenvolvido.
Há planos de fabricação no México, mas dependem da aceitação do veículo no mercado americano para justificar uma produção maior.
A GM desconversa, mas o Sonic estreia no Brasil em 2012. O preço inicial ficará pouco abaixo de R$ 50 mil, como o do New Fiesta.

DESENHO AVANÇADO
O hatch tem desenho moderno, enquanto o sedã é conservador por culpa da traseira "careta". Mas o porta-malas compensa: são 466 litros de capacidade.
A velocidade máxima no teste era de 72 km/h, com observadores espalhados pela pista para flagrar abusos. Nessas condições, foi possível perceber o bom isolamento acústico e sentir inveja dos americanos e suas rádios FM digitais de som cristalino.
Terá o Sonic poder para fazer frente ao New Fiesta? Em estilo, não; o Ford tem mais presença. Mas o prático Chevrolet foi pensado para jovens que começam a ascender profissionalmente. O sol volta a brilhar no horizonte dos fabricantes americanos.

O jornalista viajou a convite da GM, que cedeu o Sonic para avaliação



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