São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2008 |
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Golf ganha tecnologia para superar concorrentes Novo VW tem câmbio de 7 marchas e sistema que manobra sozinho
JOSÉ AUGUSTO AMORIM ENVIADO ESPECIAL A REYKJAVÍK Foi em Reykjavík, a capital da Islândia, que o americano Ronald Reagan e o russo Mikhail Gorbatchov assinaram o acordo que deu fim à Guerra Fria. Foi no mesmo lugar que a Volkswagen lançou o Golf. Preocupada com o nível de qualidade, a sexta geração do hatchback tem uma guerra a ganhar. Não no Brasil, aonde a VW diz que ele não chegará, mas na Europa, onde todo o segmento de médios já está uma geração à frente -só o Ford Focus está alinhado. Ao substituir a geração que menos vida teve -o quinto Golf foi feito de 2003 a 2008-, o novo ganhou desde uma película no pára-brisa que absorve o ruído até o DCC, que permite ao motorista controlar a rigidez da suspensão por um botão. Há sete airbags, incluindo um para o joelho do condutor. Já o ACC, um sistema a laser que freia o carro quando ele atinge uma velocidade preestabelecida, é vendido como o único num carro dessa categoria. Uma câmera instalada na traseira -escondida no logotipo da montadora- ajuda nas manobras. Mas a guerra contra as balizas acaba com o sistema que gira o volante automaticamente, restando ao motorista acionar o acelerador e o freio. No conjunto propulsor, a tecnologia também dá o tom. Seguindo a tendência de misturar baixa cilindrada -para melhorar o consumo- e turbo -para elevar a potência-, a VW aposta nos motores 1.4T, que podem ter 102 cv (cavalos) ou 122 cv. Já o câmbio automático DSG conta com duas embreagens: uma sempre fica pronta para ser engatada. Assim, as trocas são mais rápidas, favorecendo o desempenho. De acordo com dados da fábrica, com o motor mais potente, o Golf leva 9,5s para atingir os 100 km/h. Exterior Com a grade do radiador inspirada na do primeiro Golf, de 1974 -preta e com frisos horizontais-, o novo mantém as características típicas da família. As caixas de rodas são bastante destacadas, e a larga coluna "C" (entre a porta traseira e o fim do carro) acompanha o desenho de um taco de golfe. A traseira agora abriga lanternas horizontais como as do Touareg. O trabalho de Walter de Silva foi criado para que o Golf desse a sensação de ser mais achatado e largo. As mudanças na dianteira chegarão ao sedã e à perua, vendidos no Brasil como Jetta e Jetta Variant. Isso significa que o Golf, por enquanto fabricado só na Alemanha, também pode ser feito no México, de onde seria importado para o Brasil sem pagar Imposto de Importação. Há quem diga que ele poderia ser feito no Paraná, benefício de um país que, neste ano, vendeu mais que aquele que abriga a matriz. A Volkswagen brasileira nega, mas a alemã diz que o Golf será vendido aqui a partir de abril de 2009. Talvez nem os espiões da KGB e da CIA descubram esse segredo, mas é certo que a fábrica que se alinhar com a Europa ganhará algumas batalhas.
JOSÉ AUGUSTO AMORIM viajou a convite da Volkswagen, que cedeu o carro para avaliação Texto Anterior: Inocente pagador Próximo Texto: Álcool faz do Uno o mais econômico do ano Índice |
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