São Paulo, domingo, 24 de abril de 2011

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Dois contra um Desempenho e luxo do Jetta ameaçam o Civic Si, o esportivo mais desejado de R$ 100 mil Fernando Donasci/Folhapress Jetta (à esq.) tem visual careta, mas anda mais que Civic Si RICARDO RIBEIRO DE SÃO PAULO O carro aponta no estacionamento. Funcionários confusos debatem durante o preenchimento do recibo. "Não é Volks, é Audi", diz o que vê a traseira. "É Volks, sim", diz o outro, depois de conferir o logo na grade. "Bom, então é o Passat, né, doutor?", dispara um terceiro. Melhor não discordar. O Jetta é, de longe, mais careta. O desenho da lanterna tomado da Audi, a filha gastadeira do grupo Volkswagen, dão um ar moderno. É o suficiente para confundir os manobristas. Mas, no final, o modelo ainda passa por carro de tiozão. Já o Civic Si tem pouca chance de ser confundido com o carro do seu avô a caminho de um exame. Ainda mais se for vermelho. Aerofólio e ponteira no escapamento ainda diferenciam, na aparência, o modelo que reinava como o único esportivo nacional de verdade na faixa de R$ 100 mil. QUE REI SOU EU? O Jetta, porém, quer ameaçar esse sono tranquilo, aliando uma dose de conforto para o uso diário. Algo raro em esportivos. A versão Highline, a mais completa e potente, ainda vem a competitivos R$ 89.520. Por ser mexicano, sofre, é claro, com a economia no acabamento. O ruído nas portas que o diga. A Honda, por sua vez, reajustou o Civic Si, que é fabricado em Sumaré (SP), em salgados R$ 103.650. Nos EUA, um Jetta 2.5 mexicano e um Si local são vendidos pelo mesmo preço: US$ 22,4 mil. No interior, a mesma relação. O Si tem mostradores digitais e painel moderno em tons de vermelho. O banco concha abraça o motorista em manobras mais ousadas. No Volks, mais do mesmo. Só as borboletas para trocas manuais atrás do volante "" este, sim, do Passat CC"" dão alguma esportividade. Mas, como quem vê cara não vê coração, na pista, a situação é um pouco diferente. Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros

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