São Paulo, domingo, 24 de abril de 2011

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Jetta careta deixa Civic esportivo para trás

Com suspensão mais dura, Civic Si esquece conforto e devora curvas

Sedã da VW é mais agradável para o uso diário, mas carroceria rola demais; Honda fez um carro de corrida

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Guiar um esportivo é viver entre o céu e o inferno. Comportamento dinâmico e alto desempenho não andam em harmonia com conforto. O teste Folha-Mauá mostra que o Volkswagen Jetta contraria a antiga premissa. O Honda Civic Si, não.
O Jetta, mesmo com visual careta, anda mais na pista. O sedã atinge 100 km/h em respeitáveis 7,1s. Bom nas retas, é mais rápido em retomadas.
O casamento do motor 2.0 turbo de 200 cv e injeção direta de gasolina com o câmbio automatizado de dupla embreagem da Audi transforma a condução do Jetta em diversão de gente grande.
Some o torque de 28,5 kgfm já a 1.700 rpm -o Civic Si tem só 19,2 kgfm a 6.100 rpm- para apimentar a coisa toda.
Melhor: esqueça o monte de números. Comportamento arisco e arrancadas vigorosas de colar o corpo dos passageiros no banco são a melhor tradução deles.

CARRO-CORINGA
O Jetta ainda tem uma condução mais suave e filtra melhor os impactos. É como o coringa dos esportivos. Você faz bonito na hora de acelerar e ainda pode levar a família para dar um passeio.
O problema é que, com o conforto, vem suspensão e direção moles demais. A carroceria rola além da conta, e a frente afunda em frenagens.
Aí o Civic Si tira a diferença e devora as curvas. A suspensão é tão dura que o carro entra nelas do mesmo jeito que vem das retas. A direção com assistência elétrica é rápida e precisa, assim como o câmbio manual. Nas retomadas do teste, não há redução -daí o resultado bem pior-, mas permite uma condução mais esportiva. Em tempo de confirmar o velho dilema: em dez minutos de trânsito, o motorista quer matar o sr. Soichiro Honda.
O Civic Si é um carro de corrida. Precisa gostar para ter.Na pista, andou atrás do Jetta, mas o motor ainda tira suspiros e fôlegos. Dos fãs de esportivos, com o ronco, e dos engenheiros, com o i-Vtec.
O 2.0 de 192 cv tem duplo comando regulando a abertura e o fechamento das válvulas. A 8.000 rpm, o motor berra e o sistema injeta mais combustível na mistura. E é bem aí que podia entrar o turbo do Jetta.
(RICARDO RIBEIRO)

As montadoras cederam os carros para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
0/XX/11/4239-3092; www.maua.br



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