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Motor de RS6 e E63 podiam equipar Ferrari
Com desempenho de superesportivos, perua da Audi e sedã da Mercedes mostram ser caretas só na silhueta
Versões tunadas dos modelos "família" serão atrações do salão; neles, até cachorro precisa usar cinto nas arrancadas
FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO
Comprar uma perua ou um
sedã de luxo é atestado de
que se tem mais dinheiro no
bolso do que fascínio por fortes emoções. A família e a rotina, no entanto, agradecem.
Até os tunados Audi RS6
Avant e Mercedes E 63 AMG
passam desapercebidos por
conta da silhueta careta.
Mas o que poucos sabem é
que os dois escondem sob o
capô um motor tão possante
quanto o de uma Ferrari 458.
A perua da Audi chega a
extrapolar o limite da sanidade para um veículo de aparente proposta doméstica.
Seu V10 biturbo gera 580 cv.
É força para, numa arrancada, arremessar o labrador
solto no porta-malas contra a
tampa traseira. Já os enormes
freios a discos ventilados logo convencem a molecada de
que no RS6 não dá para ir
sem cinto de segurança.
Parece carro de corrida,
principalmente quando o
motorista fica "brigando"
com o volante que "copia" as
imperfeições da pista. Isso se
a suspensão estiver no terceiro e último nível de rigidez. O
ajusto é feito no painel.
Só não dá para desativar o
sistema de tração integral,
que distribui a potência para
as rodas, de modo que a aderência seja otimizada.
O sedã E 63 AMG, da Mercedes, é outro superesportivo
disfarçado que adora assustar criancinha. E o pequeno
nem precisa estar a bordo para sentir a fúria do propulsor
V8 de 525 cv -eleito o melhor
do mundo em sua categoria.
Basta cutucar o acelerador
para um rugido metálico
ecoar pelo escapamento. Assim, o motor merecia um prêmio Grammy também. Pena
o Classe E ser tão sisudo
-ainda que o kit AMG com
para-choques esportivos e
rodas aro 19 amenize isso.
Audi e Mercedes vão se encarar no Salão de São Paulo a
partir de quarta (27), mas o
teste Folha-Mauá já descobriu qual deles acelera mais.
303 KM/H
Se a perua Audi RS6 é um
Lamborghini Gallardo com
bagageiro -os dois compartilham o motor 5.0 V10 biturbo-, o sedã E 63 AMG é viril.
Ficou até com a direção
22% mais direta que a da geração passada, no qual era
mole e anestesiada demais.
Chassis e carroceria também passaram por melhorias, o que possibilitou a retirada do aerofólio que ficava
na cauda da antiga E AMG.
É lá no eixo traseiro do novo que estão os 64,5 kgfm de
torque (força de três Civic Si).
Vale ressaltar que o 6.2 V8 do
Mercedes é apenas aspirado.
Mesmo assim, o sedã de
1.800 kg chega a 100 km/h
em parcos 5s. Só 0,5s mais
lento do que a perua da Audi,
que leva vantagem pelo tipo
de tração, mesmo sendo quase 200 kg mais pesada.
Nas retomadas de velocidade, porém, houve empate.
Os dois, aliás, deixam até
motorista de carro 2.0 incrédulo. O RS6, por exemplo, arranca até 60 km/h em 2,6s.
Nesse tempo, muitos ainda
nem engataram a primeira
marcha na saída do sinal.
Impressionante é que, a
180 km/h, em sexta marcha,
o conta-giros marca só a metade dos 66 kgfm. Mas a máxima é limitada: 303 km/h.
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br; 0/xx/11/4239-3092
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