São Paulo, domingo, 25 de abril de 2010

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peças & acessórios

Oficinas de SP agilizam pequenos reparos

Em 2 horas, arranhões e pequenos amassados são removidos do veículo com técnica da indústria de tintas

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Arranhões e pequenos amassados no carro agora podem ser removidos em pouco tempo. Oficinas e postos de serviços paulistanos começam a oferecer esse serviço expresso, batizado de retoque invisível.
A técnica, desenvolvida pelos principais fabricantes de tintas automotivas, já é usada na Europa e nos Estados Unidos.
Silvio Rivarolla, proprietário da oficina Evolution, no Bom Retiro (centro), conta que implantou recentemente a técnica, desenvolvida pela indústria de tintas PPG.
"O método é capaz de reparar "ralados" e pequenas batidas que danificam a pintura tanto da lataria como das partes plásticas, como os para-choques pintados da cor do carro."
Segundo Rivarolla, o processo consiste em desamassar e lixar a parte danificada, aplicar "primer" e secá-la com aparelho que emite radiação ultravioleta. Depois vêm a tinta e o verniz. Reparar uma área com a dimensão de uma folha A4 demanda duas horas de serviço e custa, em média, R$ 150.
"Quando bem aplicado, o reparo fica imperceptível em carros com menos de dez anos ou com a pintura preservada."
Rubens Pereira, consultor da PPG, aposta na agilidade do serviço para atrair clientes e comenta que é comum as oficinas oferecerem o reparo da peça toda, o que encarece o serviço.
"Além disso, as oficinas preferem pegar serviços de funilaria e pintura maiores a colocar vários carros no local para pequenos reparos", avalia.

Repintura
Ele explica que o processo também envolve a elaboração de uma tinta que respeita o código do fabricante do veículo.
"Um software consegue desenvolver a tonalidade, utilizando os diferentes pigmentos da tinta aplicada na linha de montagem do carro", conta.
Recorrer ao serviço, porém, só é recomendado após vistoria nos danos para avaliar a situação da pintura. Cores como o prata e o vermelho são consideradas as mais trabalhosas.
"No carro prata, que sai da fábrica com camada de pintura muito fina, pode haver diferença se o reparador passar duas demãos de tinta", diz Pereira.
Esse método de repintura só consegue ser detectado com uma caneta apropriada, que identifica as alterações nas camadas da pintura do carro.
O assessor administrativo Roberto Bosso, 48, deixou seu Fox 2008 prata para reparos na oficina e ficou surpreso ao ser informado pelo mecânico de que o serviço seria feito com a técnica nova e que ele podia pegar o carro em duas horas.
"Pensei que teria de comprar um para-choque novo e ainda fazer a pintura da peça toda, além de acionar o seguro do carro", conta Bosso, que se aborreceu ao ver o carro todo ralado, incluindo a pintura do para-choque. "Quem não viu não consegue perceber que ele foi reparado", comenta.


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