São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010

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Cabelos ao vento e um baita frio de rachar

Sem capota, Mini Cooper e Mercedes SLK 55 AMG sobem a serra de cachecol

SLK tem ar quente para a nuca na subida para Campos do Jordão; Mini Cabrio sofre com 9Cem Paranapiacaba

FABIANO SEVERO
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS

É difícil entender por que europeus e americanos do extremo norte gostam tanto de carros conversíveis. Durante mais da metade do ano eles burlam o frio intenso e, às vezes, a neve com a calefação de casa e do trabalho.
Nem por isso deixam de arriar suas capotas e aproveitar os segundos de um sol que só ilumina e não aquece.
Para tentar entender essa aparente contradição, a Folha levou dois raros e cobiçados conversíveis para um passeio gélido. No mínimo.
O Mini Cooper Cabrio fez um "bate-volta" até a pequena Paranapiacaba, vila inglesa e distrito de Santo André (Grande São Paulo).
Em teoria, o carrinho deveria se sentir em casa: neblina tipicamente londrina e termômetros registrando 9C. Mas não foi bem assim...
Com a capota de lona abaixada, o vento invadia a cabine sem pedir licença. A posição ereta do para-brisa deveria desviar o frio cortante que corria por cima do carro.
Acima de 60 km/h, lançar mão do cachecol e fechar os vidros do motorista e do passageiro pareciam uma solução mais razoável.
Melhor ainda era abaixar o banco do motorista ao máximo e tentar criar uma espécie de bolha dentro do carro -claro, com a santa ajuda do ar quente que saía dos quatro difusores estilosos que esquentavam a mão.
Espera aí: como os europeus fazem quando a temperatura abaixa de 5ºC? Não fazem! Nem quentão dá jeito. Em tempo: a bebida tem pinga e não deve ser consumida só para fugir do frio desesperador da serra paulista.

CANGOTE
Uma solução melhor seria comprar o Mercedes SLK 55 AMG. Ele resolve metade dos seus problemas gélidos -ao menos foi assim na subida para Campos do Jordão.
A cidade serrana (e a preparadora AMG) dispensa qualquer apresentação.
No banco esportivo de alcântara, há uma pequena saída de ar quente que faz as vezes de echarpe chique. Esquenta a nuca e dá uma incrível sensação de que, do lado de fora, o sol vai sair a qualquer momento e acabar com aquela tortura aos chacras.
Se nem a segunda pele com gola rulê resolver, há outra solução: acelere o AMG até onde o limite da estrada permitir. Os 360 cv vão fazer você esquecer que caiu numa grande roubada e deixarão seus cabelos em pé de adrenalina, e não de frio.
De fato, melhor que um 5.5 V8 com compressor, só outro 5.5 V8 com dois turbos.
A AMG já apresentou a usina de força M178 com 578 cv e vai usá-la no esportivo SLS.
Se, mesmo assim, você sentir frio, é melhor ficar em casa e jogar Playstation -talvez o circuito da Finlândia com neve, gelo, vaquinhas...
Porque a capota rígida do SLK não merece compactuar com tamanha falta de emoção e de apreço pela máquina alemã de Affalterbach.


As montadoras cederam os carros para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092



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