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Cabelos ao vento e um baita frio
de rachar
Sem capota, Mini Cooper e Mercedes SLK 55 AMG sobem a serra de cachecol
SLK tem ar quente para a nuca na subida para Campos do Jordão; Mini Cabrio sofre com 9Cem Paranapiacaba
FABIANO SEVERO
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS
É difícil entender por que
europeus e americanos do
extremo norte gostam tanto
de carros conversíveis. Durante mais da metade do ano
eles burlam o frio intenso e,
às vezes, a neve com a calefação de casa e do trabalho.
Nem por isso deixam de arriar suas capotas e aproveitar
os segundos de um sol que só
ilumina e não aquece.
Para tentar entender essa
aparente contradição, a
Folha levou dois raros e cobiçados conversíveis para um
passeio gélido. No mínimo.
O Mini Cooper Cabrio fez
um "bate-volta" até a pequena Paranapiacaba, vila inglesa e distrito de Santo André
(Grande São Paulo).
Em teoria, o carrinho deveria se sentir em casa: neblina
tipicamente londrina e termômetros registrando 9C.
Mas não foi bem assim...
Com a capota de lona abaixada, o vento invadia a cabine sem pedir licença. A posição ereta do para-brisa deveria desviar o frio cortante que
corria por cima do carro.
Acima de 60 km/h, lançar
mão do cachecol e fechar os
vidros do motorista e do passageiro pareciam uma solução mais razoável.
Melhor ainda era abaixar o
banco do motorista ao máximo e tentar criar uma espécie
de bolha dentro do carro
-claro, com a santa ajuda do
ar quente que saía dos quatro
difusores estilosos que esquentavam a mão.
Espera aí: como os europeus fazem quando a temperatura abaixa de 5ºC? Não fazem! Nem quentão dá jeito.
Em tempo: a bebida tem pinga e não deve ser consumida
só para fugir do frio desesperador da serra paulista.
CANGOTE
Uma solução melhor seria
comprar o Mercedes SLK 55
AMG. Ele resolve metade dos
seus problemas gélidos -ao
menos foi assim na subida
para Campos do Jordão.
A cidade serrana (e a preparadora AMG) dispensa
qualquer apresentação.
No banco esportivo de alcântara, há uma pequena
saída de ar quente que faz as
vezes de echarpe chique. Esquenta a nuca e dá uma incrível sensação de que, do lado
de fora, o sol vai sair a qualquer momento e acabar com
aquela tortura aos chacras.
Se nem a segunda pele
com gola rulê resolver, há outra solução: acelere o AMG
até onde o limite da estrada
permitir. Os 360 cv vão fazer
você esquecer que caiu numa
grande roubada e deixarão
seus cabelos em pé de adrenalina, e não de frio.
De fato, melhor que um 5.5
V8 com compressor, só outro
5.5 V8 com dois turbos.
A AMG já apresentou a usina de força M178 com 578 cv e
vai usá-la no esportivo SLS.
Se, mesmo assim, você
sentir frio, é melhor ficar em
casa e jogar Playstation -talvez o circuito da Finlândia
com neve, gelo, vaquinhas...
Porque a capota rígida do
SLK não merece compactuar
com tamanha falta de emoção e de apreço pela máquina alemã de Affalterbach.
As montadoras cederam os carros para
teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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