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Ninja 250R é mais imagem do que conteúdo
ARTHUR CALDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não fosse pelo pequeno adesivo na traseira e pelo ronco
contido do motor, a Kawasaki
Ninja 250R seria facilmente
confundida com suas "irmãs"
ZX-6R e ZX-10R.
Afinal, a cor verde e as linhas
da carenagem integral seguem
o desenho das "verdadeiras"
Ninja. Mas, por baixo da imagem de superesportiva, a caçula
da família traz um motor de
dois cilindros paralelos, 249
cm3 de cilindrada e refrigeração líquida. Tem lá seu charme.
A potência de 33 cv só chega
a 11 mil rpm, como em uma autêntica esportiva. Só que, abaixo de 6.000 rpm, a Ninja 250R
não tem força -o torque de 2,2
kgfm aparece a 8.200 rpm. Ou
seja, esqueça arrancada e retomada descomunais.
No teste Folha-Mauá, a
250R levou 9,6s para ir de 0 a
100 km/h -1s a mais do que a
Honda CB 300 R (veja na pág.
6). Para atingir os 158 km/h, é
preciso acelerar com vontade e
passar as marchas em altas rotações. Caso contrário, vai se
sentir em uma Twister.
Novatos
Essa Kawasaki, na verdade,
foi projetada para os motociclistas iniciantes. O caráter de
miniesportiva cumpre a função
de acostumá-los ao comportamento das motos maiores.
Os freios, por exemplo, parecem superdimensionados para
seus 170 kg. Os discos nas duas
rodas são eficientes e ariscos.
A posição de pilotagem, porém, não é nada esportiva. Apesar dos semiguidões da Ninjinha, a postura é ereta, com ajuda das pedaleiras mais à frente.
Ao olhar para a suspensão e
para o painel espartanos, o motociclista cai na real. Há três
mostradores analógicos com
desenho retrógrado, registrando rotação, combustível e velocidade, a otimistas 200 km/h.
Fabricada na Tailândia e importada pela Kawasaki, a Ninja
custa R$ 18.880, R$ 1.500 a
mais do que a Kasinski Comet
GTR 250 (32 cv), a única rival.
As motos desta página foram cedidas para teste
pelas montadoras
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