São Paulo, domingo, 27 de março de 2011

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Francês de olho puxado, Fluence supera japoneses

Com motor e câmbio do Nissan Sentra, sedã da Renault anda mais que Corolla, Civic, Focus Sedan e 408

Único 1.8, Civic acelera na cola do Corolla novo com motor 2.0 16V; novidade no segmento, 408 é pesado e faz feio

Fotos João Brito/Folhapress
Franceses, Renault Fluence e Peugeot 408 têm desempenhos opostos.

DE SÃO PAULO

Entre os sedãs médios deste comparativo, o Renault Fluence perde em design, mas ganha na pista. No caminho entre modernizar o Mégane e criar um sedã ao gosto do brasileiro, algo se perdeu.
O modelo mais conservador, porém, apresentou o desempenho mais eficiente no teste Folha-Mauá.
O motor 2.0 (até 143 cv) levou o Fluence a 100 km/h em apenas 10,6s. A transmissão automática CVT (continuamente variável) trabalha sempre na faixa de torque ideal e torna o carro superior também em retomadas.
O conjunto de motor e câmbio sob o capô do "francês" Fluence vem do Sentra, o sedã da japonesa Nissan, parceira global da Renault.
Com ele, o Fluence venceu até o líder de vendas (e "japonês"), o Corolla.
O motor do Toyota é digno de aplausos. As palmas para o bloco, porém, ainda são contidas pela transmissão.
Há duplo comando de válvulas (na admissão e no escape), taxa de compressão mais alta, tucho hidráulico e por aí vai... Tudo para elevar a eficiência com álcool e bater Honda Civic, Ford Focus e Peugeot 408. O Corolla tem o melhor automático de quatro marchas, mas deveria ter cinco, como o do Civic.

QUINTO ELEMENTO
Uma quinta velocidade daria mais conforto e funcionaria como um "overdrive", operando em baixa rotação.
O trabalho de suspensão do Corolla, porém, é bem ajustado. Não é molenga como o do Fluence.
O Focus e o Civic, com suspensões "multilink" na traseira, têm os melhores compromissos entre conforto e esportividade.
O Ford, aliás, ganhou rodas novas de 16 polegadas, faróis direcionais (só o 408 também oferece) e teto solar elétrico na versão Titanium -a Ghia foi aposentada.
O Civic, o único 1.8, conseguiu um honroso terceiro lugar na pista, colado no arquirrival Corolla. Os 140 cv ainda "bebem" menos na cidade e na estrada.
Em desempenho, o 408 foi o lanterna do comparativo. Apesar do motor 2.0 com o maior torque (até 22 kgfm) e a maior potência (até 151 cv), é também o maior e o mais pesado (1.527 kg). Foi 4s mais lento que o Fluence na arrancada e consumiu 5,7 km/l de álcool na cidade, tão beberrão como o Vectra 2.0.

As montadoras cederam os carros para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
0/xx/11/4239-3092;
www.maua.br


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