São Paulo, domingo, 27 de março de 2011

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FOCO

Jetta fica mais simples e barato para encarar Corolla

DE SÃO PAULO

Você deve estar se perguntando por que o Jetta não entrou no comparativo dos sedãs médios. Afinal, agora ele está mais barato (custa a partir de R$ 65.755) e mira o líder do segmento, o Corolla.
O Jetta foi lançado anteontem e não chegou a tempo de encarar os cinco rivais no teste Folha-Mauá. Mas o Volkswagen não faria feio.
No comprimento, o Jetta cresceu 9 cm (soma 4,64 m) e só perderia para o Peugeot 408. O espaço interno do VW, porém, é inigualável. Há espaço digno para dois adultos no banco de trás sem obrigar os da frente a forçar os joelhos contra o painel. E o Jetta nem tem a maior distância entre-eixos da turma. São 2,65 m ante 2,70 m do Civic.
O Honda, aliás, tem um porta-malas pífio se comparado ao do Jetta. São 510 litros (contra 340 litros) e uma "boca" de sedã familiar. É o jeitinho alemão adaptado para o gosto americano -o sedã é feito no México para abastecer também os EUA.
Ser mexicano (e mais simples no acabamento) significa entrar no Brasil sem Imposto de Importação, o que faz a VW apostar na versão intermediária Comfortline 2.0 automática de R$ 70 mil.
O motor de oito válvulas é o mesmo do antigo Bora, mas, convertido para "flex", ganhou cavalos e vai a 120 cv.
É o motor menos moderno do segmento (depois do do Vectra, é claro). Não tem duplo comando variável de válvulas, como o do Corolla, nem bloco e cabeçote de alumínio, como o do Focus.
Ao menos o câmbio automático de seis marchas tenta tirar a diferença.
A cereja do bolo é o Jetta 2.0 TSI. O casamento do motor turbo com a injeção direta de gasolina e o câmbio de dupla embreagem da Audi transformam o sedã em pura diversão -a fábrica aponta o 0 a 100 km/h em 7,3s.
A tecnologia cobra seu preço: R$ 89,5 mil, R$ 3.000 a mais que a perua Jetta, que mantém o motor 2.5 aspirado sob a receita europeia.


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