São Paulo, domingo, 27 de outubro de 2002

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UTILITÁRIO

Fruto da união entre Chrysler e Mercedes-Benz, veículo recebeu motor que prima pelo silêncio e pela potência

Jeep Grand Cherokee Laredo faz o diesel falar mais baixo

EDSON FRANCO
EDITOR DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO

Agora a confusão na cabeça do aventureiro ocasional está completa. Ao mesmo tempo em que insere itens de conforto no utilitário esportivo Jeep Grand Cherokee Laredo, a DaimlerChrysler o equipa com um motor a diesel.
Mas a estratégia faz sentido graças às peculiaridades da nova motorização. O ronronar tonitruante de propulsores alimentados com o mesmo combustível pode levar à conclusão apressada de que a novidade é um luxo para os olhos e um horror para os ouvidos.
Ledo engano. O Laredo é o primeiro carro da Jeep a se beneficiar da união entre Chrysler e Mercedes-Benz. Recebeu o turbodiesel 2.7 de cinco cilindros feito pela Mercedes e ficou surpreendentemente silencioso, mas sem deixar de lado uma potência capaz de "aplanar" terrenos inóspitos.
A calmaria impera, às vezes em excesso. Se conseguiu ser menos barulhento que os similares, o novo propulsor não se livrou do problema da demora nas respostas.
Ainda pelo lado "selvagem" do carro, destaca-se o sistema Quadra-Trac 2, que distribui a tração para as rodas que mais estiverem em contato com o solo, mesmo que seja para apenas uma delas.

Sofisticação
Quando o blablablá técnico chega ao fim, tudo o que sobra é luxo. Mesmo elementos que só figuravam em versões mais nobres da família Cherokee passaram a dar o ar da graça na Laredo.
É o caso do console de teto equipado com computador de bordo e uma central de controle. Por meio dela, é possível, por exemplo, ajustar o som ou determinar que o banco do motorista recue todas as vezes em que a chave é retirada da ignição.
Pense em qualquer outro componente de conforto e segurança. Se não se tratar de bancos de couro, é boa a chance de esse item fazer parte do Laredo.
Lá estão o ar-condicionado, a disqueteira para dez CDs, os airbags frontais e laterais dianteiros e traseiros, as barras de proteção lateral nas portas, a iluminação na cabine que acende sozinha em caso de colisão, o câmbio automático, os freios ABS (antitravamento) e o sistema EBD (distribuição da força de frenagem).
Tudo posto, com o novo motor o Laredo ganhou mais cara de bravo, mas ainda dá dó de meter R$ 169.920 na lama.


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