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VELOZES
Com um kit turbo de 192 cavalos, veículo precisou de apenas 8,15 segundos para ir da imobilidade aos 100 km/h
Audi A3 AVR sacia amantes da rapidez
Caio Esteves/Folha Imagem
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Para ter um Audi A3 AVR é preciso comprar um A3 novo e pagar entre US$ 14.129 e US$ 16.129 pelo kit AVR
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da Reportagem Local
Em fevereiro
de 97, a Audi
lançou no Brasil
o A3 com motor
1.8 aspirado de
125 cv. Tudo no
carro agradou,
exceto o desempenho. Cinco meses depois, a marca alemã apimentou o motor 1.8 de
quatro cilindros com a introdução
de uma turbina. A potência subiu
para 150 cv e começou a saciar os
amantes da velocidade.
Não satisfeita, no mês passado a
Senna Import -que traz os carros
da marca para o Brasil- começou
a vender o A3 com kits esportivos,
batizados de AVR, com duas opções de potência: 182 cv e 192 cv.
Em breve, deve ser lançada uma
versão mais potente, com 232 cv.
Nas mãos da Folha e do Instituto
Mauá de Tecnologia, o A3 AVR de
192 cv mostrou toda a sua agressividade e qualificou-se entre os dez
mais rápidos já testados e, por enquanto, o mais veloz em 99.
Preço
O consumidor interessado nesses cavalos a mais terá de comprar
um A3 Turbo (US$ 39.990) e solicitar a instalação do kit. O de 182 cv
de potência custa US$ 14.129, e o de
192 cv sai por US$ 16.129.
Para elevar a potência do motor
1.8 turbo, a Senna Import instalou
um chip que aumenta a pressão da
turbina de 0,55 bar para 1,25 bar,
enriquece a mistura ar/combustível, mexe na injeção eletrônica e
permite que o motor atinja até
7.200 rotações por minuto (rpm).
Além desse chip, o kit AVR tem
componentes aerodinâmicos
-como spoilers e saias laterais-,
suspensão recalibrada e dois escapamentos mais grossos, permitindo maior fluxo de gases e tornando
o ronco do motor mais esportivo.
Outra modificação aconteceu
nas pinças de freios, que ficaram
maiores (312 mm) e foram pintadas de vermelho, enaltecendo o ar
esportivo do carro alemão.
Se o chip no motor faz do A3
AVR um dos carros mais rápidos
testados pela Folha e pelo Instituto
Mauá de Tecnologia, a recalibragem da suspensão deixou o carro
duro demais para a condução nas
esburacadas ruas brasileiras.
A altura em relação ao solo, por
exemplo, foi reduzida de 13 cm para 9,5 cm. O visual ficou mais
agressivo, e a estabilidade é praticamente irretocável, mas o cuidado para não raspar a parte inferior
deve ser redobrado.
Obediência
O pedal do acelerador do AVR
atende prontamente as ordens do
pé direito do motorista. As acelerações e as retomadas são rápidas e
sem engasgos, principalmente
quando não há preocupações com
o consumo de gasolina e a rotação
do motor é mantida elevada.
Mas, mesmo com o pé no fundo,
o A3 AVR mostrou-se bastante
econômico: fez 12,46 km/l na estrada e 7,9 km/l no trânsito urbano.
A direção hidráulica é tão obediente quanto o pedal do acelerador. Em manobras de estacionamento, é mole. Em velocidades
mais elevadas, enrijece e fica extremamente precisa.
O câmbio tem engates curtos,
precisos e com relações de marchas adequadas para um esportivo. A quarta e a quinta, no entanto,
poderiam ser levemente mais curtas, o que aumentaria a destreza do
carro em trechos rodoviários.
Com 192 cv de potência e 1.145
kg, o A3 AVR precisou de 8,15 segundos para, saindo da imobilidade, alcançar os 100 km/h.
É um número respeitável, mas
pior do que os 7,2 prometidos pela
marca alemã em seus folhetos publicitários. Seu irmão mais tímido,
o A3 Turbo sem o kit AVR, usou
8,7 segundos. O Honda Civic VTi,
de tamanho e potência similares,
precisou de 8,28 segundos.
O interior do AVR é semelhante
ao das demais versões do carro. A
diferença está nos bancos com
maior apoio lateral. No mais, trata-se de um Audi, como qualquer outro, com todos os equipamentos de
conforto e de segurança.
Airbags dianteiros, sistema antitravamento ABS, ar-condicionado, trio elétrico e direção hidráulica são, logicamente, itens de série.
Os opcionais são airbags laterais,
lavadores de faróis, sistema de som
potencializado e volante esportivo.
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