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Beetle e PT Cruiser brigam por design
VW recebe retoques visuais, e Chrysler ganha versão mais barata
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
Muito além do país de origem, os mexicanos Chrysler PT
Cruiser e Volkswagen New
Beetle têm algo em comum. Para os dois, o argumento de vendas é o design vindo do passado.
Ambos já têm uma certa idade
-mais de seis anos-, mas contam com novidades: o PT ganhou uma versão mais barata, e
o Beetle, retoques visuais.
"É uma tendência constante
recuperar conceitos, fazer uma
ligação com a memória das pessoas, estimular a sensação de
saudade", diz Alessandro Vassallo, vice-presidente do IED
(Istituto Europeo di Design).
Ele lembra que o ar retrô também aparece em eletrodomésticos e em móveis.
Com cara de carro de gângster, o PT traz motor 2.4 16V,
com 143 cv (cavalos) e 21,8
kgfm de torque (força). Tendo
como ponto de partida as linhas do carro mais famoso da
história, o Beetle nem de longe
lembra o velho Fusca. Usa o
propulsor 2.0 de 116 cv do Golf.
É pelo bolso, porém, que o
Volkswagen conquista de vez. A
versão manual parte de US$
24.590 (R$ 56,3 mil), e a automática custa US$ 26.480 (R$
60,6 mil). Com teto solar e bancos de couro, o preço sobe para
US$ 28.844 (R$ 66,1 mil).
A nova versão Classic do PT
Cruiser sai por R$ 75 mil -contra R$ 96,5 mil da Limited- e
oferece câmbio automático
com trocas manuais e regulagem elétrica dos bancos de tecido. O Beetle traz rodas de 16 polegadas e airbag de cabeça.
Além disso, o "besouro" é
mais econômico. Em circuito
urbano, faz 8,3 km/l contra 6,9
km/l registrados pelo concorrente. A vantagem rodoviária é
de 1,8 km/l. Mas, 27 cv mais fraco, o Beetle anda menos.
O troco do Chrysler vem no
espaço interno. Além de o VW
ter duas portas, na hora de pegar a estrada, ele é prejudicado
pelo porta-malas de 209 litros.
O "hermano" leva 538 litros.
Prova de que esses dois veículos não seguem a lógica do
mercado são suas vendas. Em
março, foram comercializados
108 PT Cruiser. No mesmo período, ganharam as ruas 23
New Beetle 2006, que tem novos pára-choques, faróis e lanternas, rodas e painel.
(GERSON CAMPOS E JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
Os carros foram cedidos para teste
pelas montadoras
Instituto Mauá de Tecnologia
0/xx/11/4239-3092
www.maua.br
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