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Fiat desconversa sobre produção do Grande Punto em Minas Gerais
Na Europa, compacto ajudou montadora a sair da crise e já é o mais vendido
GERSON CAMPOS
ENVIADO ESPECIAL A BALOCCO (ITÁLIA)
Em recuperação depois de
uma grave crise na Europa e da
perda de lucro no Brasil, a marca líder do mercado nacional
teve de apostar em novos produtos para ver seu balanço financeiro positivo novamente.
"Não se faz "turn around" [virada] sem produto", afirma Cledorvino Belini, 57, presidente
da Fiat América Latina.
Responsável em boa parte
por essa recuperação na Europa, o Grande Punto foi o carro
mais vendido no continente no
primeiro trimestre de 2006.
Sua fabricação na unidade brasileira da Fiat é cercada de especulações. O carro já é testado
em Betim (MG), mas sua produção local ainda não foi confirmada oficialmente.
"Testamos vários modelos
que não são vendidos nem feitos no Brasil porque a fábrica
de Betim é a única fora da Itália
que tem engenharia de desenvolvimento", esquiva-se Carlos
Henrique Ferreira, 38, assessor
técnico da montadora.
Com 4,03 m de comprimento, o Grande Punto encaixa-se
entre os 3,83 m do Palio e os
4,25 m do Stilo. Seu porta-malas tem espaço para 275 litros, e
o preço, na Europa, parte de
11,1 mil (aproximadamente
R$ 34 mil). "O desenho busca
esportividade, com o pára-brisa bem inclinado, e alguns elementos inspirados nos carros
de corridas, como o retrovisor
fixado em uma parte inferior
da porta", explica Ferreira.
Um funcionário do campo de
provas de Balocco afirmou à
Folha que o Punto será mesmo
feito no Brasil. Além disso, um
novo sedã está em desenvolvimento -o Marea ainda não
tem um substituto, o que deve
acontecer em 2007. Também
no próximo ano, a Europa verá
o novo Stilo, provavelmente no
Salão de Frankfurt, e a versão
brasileira será reestilizada.
Mas uma coisa é certa: se a
marca não confirma que fará o
Punto no Brasil, também não
desmente a idéia com veemência em nenhum momento.
GERSON CAMPOS viajou a convite da Fiat, que
cedeu o carro para avaliação
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