São Paulo, domingo, 28 de junho de 2009

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Deu zebra

Toyota SW4 com motor V6 a gasolina é ótimo no asfalto, mas na hora de entrar na lama...

DA REPORTAGEM LOCAL

O passeio com o Toyota SW4 seria rápido. Nada de Camel Trophy ou rali dos Sertões. Seria apenas uma volta nas imediações da estrada Velha de Santos para ver o que o novo utilitário com motor V6 (seis cilindros em "V") a gasolina seria capaz de fazer na terra.
Do asfalto, dava para ver uma ingênua estradinha se embrenhando no meio do mato. Nada demais. Apenas algumas poças d'água para tornar o passeio, quem sabe, uma aventura.
Para evitar surpresas, a pequena alavanca no console central aciona a tração nas quatro rodas. Enquanto isso, o câmbio automático de cinco marchas aguarda no "N" (neutro) a sua vez de entrar em cena.
Um tranquinho indica que a partir daquele instante as rodas da frente também tracionariam e ajudariam o utilitário de duas toneladas a sair do lugar.
Pé no freio, mão na alavanca do câmbio e "D" (drive). É hora de enfim sujar os largos pneus 265/65 R17 de terra.
O SW4 começa a superar os primeiros metros vicinais e um sacolejo faz o motorista balançar de um lado para o outro.
É bem melhor que, por exemplo, uma S10 ou uma Ranger, o que não é um elogio.
Enquanto o galipão vai se familiarizando com o cheiro do mato, é hora de apreciar o painel. E que painel. Salvo pequenos detalhes imitando madeira, está mais para um console de Corolla do que de Land Rover.
Há esmero no encaixe dos plásticos e boa simetria de linhas. Os instrumentos são iluminados por uma luz branca, ainda em plena luz do dia.
Nem os buracos fazem os plásticos ganirem. Só os bancos de couro claro, roçando na coluna "B", incomodam o silêncio do interior. Porque o motor, mesmo, não fica naquele "tuc-tuc" do diesel. Nem poderia: uma das poucas vantagens do motor V6 a gasolina de 238 cv é a ausência de ruído e vibração.

Defender
De repente, pelo pequeno para-brisa, vê-se uma poça d'água. Em tese, não assustaria sequer um CrossFox. Em tese.
Ao lado da poça, uma rieira indicaria aquele que, segundos depois, seria o pior caminho.
O pneu esquerdo dribla a água quando o montinho de areia que o sustenta cai. O espelho d'água escondia um buraco enorme, que mergulhou o SW4 num caminho sem volta.
Pior: ao tentar acelerar para sair do buraco, a roda traseira também entrou na erosão.
Tenta-se ainda ir para frente e para trás. Em vão. Nem o celular tinha sinal para chamar um reboque ou coisa do tipo.
Eis que surge um Defender, sempre ele. Ali ou no Camel Trophy. Eram funcionários de Furnas, que conheciam cada buraco daquela estrada. O primeiro comentou: "Achei que esse carrão não fosse enganchar". E o colega completou: "Ele tem o assoalho baixo".
Embaixo, prenderam um cabo de aço e logo o Defender tirou o SW4 daquela cilada. Em duas manobras, o jipão volta para o asfalto, de onde não deveria ter saído.

(FABIANO SEVERO)


A Toyota cedeu o carro para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
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