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Deu zebra
Toyota SW4 com motor V6 a gasolina é ótimo no asfalto, mas na hora de entrar na lama...
DA REPORTAGEM LOCAL
O passeio com o Toyota SW4
seria rápido. Nada de Camel
Trophy ou rali dos Sertões. Seria apenas uma volta nas imediações da estrada Velha de
Santos para ver o que o novo
utilitário com motor V6 (seis
cilindros em "V") a gasolina seria capaz de fazer na terra.
Do asfalto, dava para ver uma
ingênua estradinha se embrenhando no meio do mato. Nada
demais. Apenas algumas poças
d'água para tornar o passeio,
quem sabe, uma aventura.
Para evitar surpresas, a pequena alavanca no console central aciona a tração nas quatro
rodas. Enquanto isso, o câmbio
automático de cinco marchas
aguarda no "N" (neutro) a sua
vez de entrar em cena.
Um tranquinho indica que a
partir daquele instante as rodas
da frente também tracionariam e ajudariam o utilitário de
duas toneladas a sair do lugar.
Pé no freio, mão na alavanca
do câmbio e "D" (drive). É hora
de enfim sujar os largos pneus
265/65 R17 de terra.
O SW4 começa a superar os
primeiros metros vicinais e um
sacolejo faz o motorista balançar de um lado para o outro.
É bem melhor que, por
exemplo, uma S10 ou uma Ranger, o que não é um elogio.
Enquanto o galipão vai se familiarizando com o cheiro do
mato, é hora de apreciar o painel. E que painel. Salvo pequenos detalhes imitando madeira,
está mais para um console de
Corolla do que de Land Rover.
Há esmero no encaixe dos
plásticos e boa simetria de linhas. Os instrumentos são iluminados por uma luz branca,
ainda em plena luz do dia.
Nem os buracos fazem os
plásticos ganirem. Só os bancos
de couro claro, roçando na coluna "B", incomodam o silêncio
do interior. Porque o motor,
mesmo, não fica naquele "tuc-tuc" do diesel. Nem poderia:
uma das poucas vantagens do
motor V6 a gasolina de 238 cv é
a ausência de ruído e vibração.
Defender
De repente, pelo pequeno para-brisa, vê-se uma poça d'água. Em tese, não assustaria sequer um CrossFox. Em tese.
Ao lado da poça, uma rieira
indicaria aquele que, segundos
depois, seria o pior caminho.
O pneu esquerdo dribla a
água quando o montinho de
areia que o sustenta cai. O espelho d'água escondia um buraco
enorme, que mergulhou o SW4
num caminho sem volta.
Pior: ao tentar acelerar para
sair do buraco, a roda traseira
também entrou na erosão.
Tenta-se ainda ir para frente
e para trás. Em vão. Nem o celular tinha sinal para chamar
um reboque ou coisa do tipo.
Eis que surge um Defender,
sempre ele. Ali ou no Camel
Trophy. Eram funcionários de
Furnas, que conheciam cada
buraco daquela estrada. O primeiro comentou: "Achei que
esse carrão não fosse enganchar". E o colega completou:
"Ele tem o assoalho baixo".
Embaixo, prenderam um cabo de aço e logo o Defender tirou o SW4 daquela cilada. Em
duas manobras, o jipão volta
para o asfalto, de onde não deveria ter saído.
(FABIANO SEVERO)
A Toyota cedeu o carro para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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