São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2007

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SALÃO DE TÓQUIO

Honda expõe Fit que chega ao Brasil no ano que vem

Nissan GT-R não será importado; Subaru WRX virá no fim de 2008

DO ENVIADO ESPECIAL

Não há dúvida de que os protótipos roubam a cena no Salão de Tóquio, mas os carros reais tentam sobreviver em meio a tantas idéias mirabolantes.
E, se o mercado japonês é distante do brasileiro, um sucesso de vendas feito no interior de São Paulo ganhou nova roupagem no Japão.
Lançado no Brasil em 2003 e com produção acumulada até setembro deste ano de 171.129 unidades, o Honda Fit ficou ligeiramente maior. Agora são 55 mm a mais no comprimento (num total de 3,90 m), 20 mm na largura (1,70 m) e 50 mm entre os eixos (2,50 m).
A coluna entre as portas foi deslocada para a frente, e os retrovisores cresceram 30%. O volante é o mesmo do Civic, e o conta-giros e o marcador de combustíveis ganharam molduras voltadas ao motorista.
Os motores 1.4 e 1.5 foram aprimorados para oferecer mais potência e menos consumo. O mais fraco, por exemplo, passou de 80 cv (cavalos) para 99 cv e pode rodar até 24 km/l, segundo a Honda. Lá, não há versão bicombustível.
A filial brasileira informa que não há previsão de quando começará a produzir o novo Fit, mas é de se esperar que ocorra no ano que vem, visto que a Honda nunca deixou de atualizar sua linha no Brasil.
O país também esteve no Salão de Tóquio quando Carlos Ghosn, nascido em Porto Velho (RO), entrou no palco da Nissan dirigindo o novo GT-R.
O cupê Skyline, que faz a alegria dos fãs japoneses da velocidade há anos, parou de ser produzido em 2002.
No salão, porém, voltou em grande estilo: ganhou motor V6 (seis cilindros em "V") biturbo de 473 cv e 60 kgfm de torque.
De acordo com a Nissan, ele leva apenas 3,6 segundos para atingir 100 km/h. É rápido graças ao seu peso reduzido (1.400 kg), à tração integral e ao câmbio manual de seis marchas.

Híbridos
A Nissan não planeja importar o GT-R para o Brasil. Já o Subaru Impreza hatchback virá até o fim do ano que vem, mas só na versão mais "mansa", a WRX, afirma Vitor Klias, gerente-geral da marca no país.
A versão STI (Subaru Tecnica International), a mais potente de todas, apresentada em Tóquio, só estará disponível para Europa, EUA e, claro, Japão.
Ela traz motor boxer 2.0 turbinado de 308 cv. O que a Subaru chama de sistema inteligente oferece três tipos de condução -inteligente, esportivo e superesportivo. Se o motorista, por exemplo, pisa fundo no acelerador, o motor irá privilegiar o torque de 43 kgfm.
Se o Audi Metroproject é ainda um protótipo, ele tem a missão de revelar as principais linhas do A1, que será o menor carro da marca.
Com duas portas e uma linha de teto caída como a de um cupê, tem dois motores: um 1.4 com injeção direta de combustível (150 cv) e outro elétrico (41 cv), mas com bom torque, o que ajuda na arrancada.
Motores elétricos, aliás, não faltam em Tóquio. No Lexus LF-Xh, ele é combinado com a tração nas quatro rodas e um outro propulsor V6. O utilitário esportivo não tem retrovisor, e sim câmeras laterais. Já no esportivo LF-A, a eletricidade casa-se com um V10 e uma carroceria toda de fibra de carbono.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)

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