São Paulo, domingo, 29 de fevereiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SEDÃS

Toyota é menos potente, mas tem desempenho superior ao do Chevrolet, é mais em conta e oferece equipamentos extras

Menor, Camry cresce no duelo com Omega

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Eles são luxuosos, oferecem bom desempenho, têm um preço até baixo para a categoria e estão longe de ostentar opulência. Toyota Camry e Chevrolet Omega são boas opções para quem procura um sedã espaçoso e cheio de equipamentos.
O Camry mostra a razão de ser o mais vendido, nos Estados Unidos, em seis dos últimos sete anos. A cilindrada, a potência e o torque maiores do Omega não foram suficientes para torná-lo mais rápido que o concorrente japonês. Segundo o teste Folha-Mauá, o Camry alcança 100 km/h em 9,66s, 0,33s antes que o Omega.
O Camry também é mais ágil. Ele ganhou seis das nove provas de retomada. Mesmo assim, a diferença foi pequena. Enquanto o Omega precisa de 5,35s para ir de 40 a 80 km/h, o modelo da Toyota leva 5,53s. Em compensação, o Camry é mais de 1s mais rápido quando a retomada é de 80 a 140 km/h: 12,45s contra 13,75s.
Usar o mesmo sistema de freios significa um certo equilíbrio nas frenagens -mais uma vez, o Omega leva desvantagem por ser mais pesado. O Camry precisa de 1,9 m a mais para estacionar quando vem de 80 km/h. Em compensação, pára 5,7 m antes quando está a 100 km/h.
Por falar em frenagem, a adaptação do Omega não foi 100%. A alavanca do freio de mão fica ao lado do banco do passageiro -na Austrália, ele se senta à esquerda.

Custo-benefício
A Toyota cobra menos e oferece alguns itens exclusivos. Por R$ 135.610, o Camry conta com airbag tipo cortina, teto solar, sensor de chuva e sistema eletrônico de recolhimento dos retrovisores. O Omega, de R$ 138.134, traz sensor de obstáculos traseiros. Nenhum dos dois tem faróis de xenônio, o que ajuda na linha do "não chamo a atenção".
Manobrar o Camry é mais fácil. Além de ser quase 15 cm mais curto, a direção do Omega -cujo volante incorpora os controles do rádio- é mais pesada. No Toyota, são os botões do computador de bordo que ficam no volante. Ter um entreeixos sete centímetros menor não implica falta de conforto no sedã oriental.
Apesar disso tudo, o brasileiro prefere o Omega. Em 2003, a General Motors foi surpreendida: esperava vender 400 unidades, mas emplacou 657 carros. O Camry, apresentado oficialmente no Salão de São Paulo de 2002, teve apenas 96 unidades comercializadas.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


Texto Anterior: Ficha técnica: Xsara Picasso 2.0
Próximo Texto: Ficha técnica: Chevrolet Omega
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.