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Dois em um
Comendo e comprando
Restaurantes com lojas integradas são tentação dobrada
Julia Moraes/Folha Imagem
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A entrada do restaurante vegetariano Lá Na Quitanda, que surgiu apenas para "ornar" com a vendinha
HELOISA MEDEIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Comer fora, esporte preferido de paulistanos, pode ser estágio para outro vício: comprar.
Não faltam na cidade restaurantes com lojas acopladas.
Por exemplo o Azaït, nos Jardins, com seu cardápio mediterrâneo, que vende ali mesmo
mais de 70 variedades de azeite
de oliva, entre eles o italiano
Sgoccialatto, que custa R$ 280
o litro. O dono, Isaac Azar, é o
único assaggiatore (especialista em azeites) brasileiro.
Bem mais popular, o vegetariano Lá na Quitanda começou
em um imóvel abandonado na
Vila Madalena, onde Paulo Kawall Vasconcellos montou primeiro uma quitanda. Descobriu um espaço por trás de uma
parede e resolveu abrir o restaurante, mais para "ornar"
com a vendinha do que por
ideologia culinária.
Como o consumidor precisa
subir uma escada, bem no meio
da quitanda, para chegar ao bufê de comida "natureba", acaba
comprando alguma coisa, seja
um hortigranjeiro, um pão integral ou uma garrafa do mel de
Jataí a R$ 20.
O Tambiú, em Perdizes, especializado em peixes de água
doce, nasceu depois da loja de
Amélia Guimarães, a Fuxico. O
local é chamado agora de Espaço Tambiú Gastronomia e Decoração. Para ter acesso ao restaurante é preciso passar pela
loja, e fica difícil resistir a objetos como o vaso vermelho de vidro reciclado, por R$ 68.
A Mercearia do Conde, no
Jardim Paulistano, também foi
primeiro um armazém. Depois,
incorporou um café ao espaço,
que oferecia também sanduíches e guloseimas preparadas
pela mãe de Flávia Mariotto,
proprietária, junto com Madalena Stasi. Não demorou muito,
vieram as saladas. Depois, as
tortas. Até que, em suas viagens
pelo mundo, Flávia e Madalena
começaram a pesquisar culinárias de vários países e decidiram montar um cardápio mais
sofisticado.
Objetos de arte e artesanato
estão distribuídos pelo restaurante. São espelhos, sacolas, esculturas etc. Chamam atenção
as peças que pendem do teto:
garotos em bicicletas, fadinhas
e outras figuras criadas pela artista Juliana Bollini.
O Govinda, considerado um
dos melhores restaurantes indianos de São Paulo, tem aquele ambiente misterioso de bazar oriental. Instalado num galpão com pé direito alto, no
Brooklin, mistura na decoração
objetos indianos à venda, antiguidades e os deliciosos aromas
da sua culinária.
Num forno cilíndrico de barro, o tandoor, é feito o pão naan,
tentação que atiça a gula. Mas
outro pecado mora ao lado, na
loja anexa, onde há a ponta de
estoque de roupas indianas a
preços bem convidativos.
O Chakras é uma mescla de
bar, restaurante, lounge, loja e
centro cultural, com 700 m2.
Como viajam muito, Miguel e
Fabiana Reis, os proprietários,
sempre garimpam objetos para
a loja. São luminárias (uma de
mosaicos, em forma de Buda,
custa R$ 720), bijoux, louças,
almofadas, roupas e velas, trazidas principalmente da Índia,
da Tailândia e do Marrocos.
onde encontrar
AZÄIT
r. Peixoto Gomide, 1.532,
tel. (11) 3063-5799, São Paulo
CHAKRAS
r. Melo Alves, 294,
tel. (11) 3062-8813, São Paulo
LÁ NA QUINTANDA
r. Rodésia, 128, tel. (11) 3097-0410,
São Paulo
ESPAÇO TAMBIÚ
r. Diana, 381, tel. (11) 3872-8191,
São Paulo
GOVINDA
r. Princesa Isabel, 379,
tel. (11) 5092-4816, São Paulo
MACHRY ARMAZÉM E BISTRÔ
r. Dr. Armando Barbedo, 257,
tel. (51) 3024-1300, Porto Alegre
MERCEARIA DO CONDE
r. Joaquim Antunes, 217,
tel. (11) 3081-7204, São Paulo
O BALAIO DE GATO
r. Piauí, 1.052, tel. (31) 3213-9374,
Belo Horizonte
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