São Paulo, sábado, 06 de fevereiro de 2010

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COBAIA [experiências e testes de consumidores]

O teste da sanduicheira

Instituto de Defesa do Consumidor avalia 8 marcas; uma é reprovada por apresentar risco de superaquecimento

DA REDAÇÃO

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) testou o desempenho de oito sanduicheiras elétricas. Só uma foi reprovada, por apresentar risco de superaquecimento.
Os aparelhos, das marcas Black & Decker, Arno, Britânia, Cuisinart, Durabrand, Electrolux, Mallory e Mondial, foram avaliados nos critérios de segurança, informações (embalagens e manuais) e praticidade.
A sanduicheira da Black & Decker foi a única que apresentou um problema considerado grave pelo instituto. O teste mostrou que o material isolante (plástico) usado nas conexões elétricas da parte interna superaquece quando submetido a 125º C, temperatura usada como parâmetro pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
A fabricante, em resposta, apresentou laudos de certificação internacional de 2004 e 2005, mas, diz o Idec, os documentos são insuficientes para provar que o aparelho é seguro.
A consequência do defeito, segundo o técnico responsável pelo teste, o engenheiro elétrico Marcos Vinicius Pó, é o derretimento do plástico, que pode causar curto-circuito e até mesmo incêndio.
O produto da Mallory também mostrou absorver mais potência (767,6 watts) do que o que sua embalagem promete (700 watts), mas o Idec não considerou isso uma ameaça à segurança do usuário.
A pesquisa concluiu que todas as marcas apresentam pelo menos uma falha em relação às informações nas embalagens ou nos manuais. As sanduicheiras da Arno, da Britânia, da Cuisinart e da Mondial, por exemplo, não indicam a potência nas suas embalagens.

Selo de qualidade
A partir de julho de 2011, fabricantes ou importadores de 87 tipos de produtos eletrodomésticos, entre eles as sanduicheiras, serão obrigados a obter uma certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
A ideia é aumentar a segurança dos aparelhos, que serão submetidos periodicamente a testes em laboratórios. As lojas terão até janeiro de 2013 para escoar o estoque de produtos sem o novo selo.


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