São Paulo, sábado, 08 de março de 2008

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BAGAGEM
[compras mundo afora]

VOLTE MEXICANIZADA

Na capital do país, mercados livres são cheios de acessórios baratinhos

HELOISA LUPINACCI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se o tal do "hi-low" está na boca do povo da moda, ao menosnoque diz respeito ao "low" oMéxicoéumparaíso. Na Cidade doMéxico, omercado de Abastos tem barracas de chinelos de couro comflores coloridas com ar pop riponga. Bons substitutos às ubíquas havaianas, custamR$20cadaum.
Caçadores de quinquilharias encontram, emfrente à barraca de chinelos, uma tenda de caixas de fósforos com desenhos de mexicanas e velas de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeiradopaís e das Américas.
Éinescapável dedicarumfim de tarde ao garimpo de máscaras e brinquedos de luta-livre mexicana. As barracas ficam diante da arena Coliseo, onde as lutas acontecem na rua República de Peru, 77. Uma vez ali, entre para ver os duelos (R$ 10), escolha seu lutador e leve para casa amáscara igual àdele. As melhores, com tecidos elásticos e recortes bem feitos, saemporR$50cadauma.
Mas o barato mesmo é ir a Oaxaca, capital da província de mesmo nome, que fica a 470 kmda capitalmexicana.Acidade temtrêsmercados públicos.
Em dois deles "Juaréz e 20 de Noviembre", as barracas de frutas, legumes, pimentas e grãos vendem bolsas de napa com estampas divertidas, para levar as compras oudesfilarpor aí. São vários formatos: as médias e quadradas custam R$ 20 cada uma. Há também sacolas de feira comuns. A graça é que elas vêm em versão infantil.
Tem as miúdas e as médias, que, tiradas de contexto, viram bolsas de festa alternativas. E há ainda as grandes que, bom, são iguaizinhas às das feiras de SãoPaulo.
Pelas calçadas de Oaxaca, mulheres vendemlongos vestidos bordados. Com algum ajuste" é um modelo grandalhão', vira um vestido de festa bem "low". Depois de barganhar, sai por R$ 100, principalmente no fim da tarde, quando as vendedorasqueremvoltarpara casa.
Se Oaxaca não satisfizer seu desejo de compras, siga 31 km até Tlacolula, emumdomingo.
É quando a cidade inteira se converte em um enorme mercado que se irradia pelas ruas a partirda igreja principal.
Aqui o destaque são os tecidos. Todas as mulheres locais "elas vêm de tribos das etnias mixteca e zapoteca, entre outras tecas" usampanos enrolados na cabeça. As mais velhas têm lenços artesanais, com desenhos gráficos e coresneutras. Esses são feitos ali mesmo e vendidos embarracas nada baratas - uma peça chega a custar R$ 300. As mais jovens e as crianças usam omesmo modeloemcores variadas.Éumtecido fino, com rosas enormes estampadas e fiosbrilhantes. As lojas, parcialmente escondidas pelas barracas, vendem esses lenços por R$ 15. Ficam expostos em cabides penduradosnaporta. De volta aoBrasil, é sómisturar esses acessórios "low" às suas peças "hi" e causar inveja poraí.


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