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BAGAGEM [compras mundo afora]
VOLTE MEXICANIZADA
Na capital do país, mercados livres são cheios de acessórios baratinhos
HELOISA LUPINACCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o tal do "hi-low" está na
boca do povo da moda, ao menosnoque
diz respeito ao "low"
oMéxicoéumparaíso.
Na Cidade doMéxico, omercado
de Abastos tem barracas
de chinelos de couro comflores
coloridas com ar pop riponga.
Bons substitutos às ubíquas havaianas,
custamR$20cadaum.
Caçadores de quinquilharias
encontram, emfrente à barraca
de chinelos, uma tenda de caixas
de fósforos com desenhos
de mexicanas e velas de Nossa
Senhora de Guadalupe, padroeiradopaís
e das Américas.
Éinescapável dedicarumfim
de tarde ao garimpo de máscaras
e brinquedos de luta-livre
mexicana. As barracas ficam
diante da arena Coliseo, onde
as lutas acontecem na rua República
de Peru, 77. Uma vez
ali, entre para ver os duelos (R$
10), escolha seu lutador e leve
para casa amáscara igual àdele.
As melhores, com tecidos elásticos
e recortes bem feitos,
saemporR$50cadauma.
Mas o barato mesmo é ir a
Oaxaca, capital da província de
mesmo nome, que fica a 470
kmda capitalmexicana.Acidade
temtrêsmercados públicos.
Em dois deles "Juaréz e 20 de
Noviembre", as barracas de
frutas, legumes, pimentas e
grãos vendem bolsas de napa
com estampas divertidas, para
levar as compras oudesfilarpor
aí. São vários formatos: as médias
e quadradas custam R$ 20
cada uma. Há também sacolas
de feira comuns. A graça é que
elas vêm em versão infantil.
Tem as miúdas e as médias,
que, tiradas de contexto, viram
bolsas de festa alternativas. E
há ainda as grandes que, bom,
são iguaizinhas às das feiras de
SãoPaulo.
Pelas calçadas de Oaxaca,
mulheres vendemlongos vestidos
bordados. Com algum ajuste"
é um modelo grandalhão',
vira um vestido de festa bem
"low". Depois de barganhar, sai
por R$ 100, principalmente no
fim da tarde, quando as vendedorasqueremvoltarpara
casa.
Se Oaxaca não satisfizer seu
desejo de compras, siga 31 km
até Tlacolula, emumdomingo.
É quando a cidade inteira se
converte em um enorme mercado
que se irradia pelas ruas a
partirda igreja principal.
Aqui o destaque são os tecidos.
Todas as mulheres locais
"elas vêm de tribos das etnias
mixteca e zapoteca, entre outras
tecas" usampanos enrolados
na cabeça. As mais velhas
têm lenços artesanais, com desenhos
gráficos e coresneutras.
Esses são feitos ali mesmo e
vendidos embarracas nada baratas -
uma peça chega a custar
R$ 300. As mais jovens e as
crianças usam omesmo modeloemcores
variadas.Éumtecido
fino, com rosas enormes estampadas
e fiosbrilhantes.
As lojas, parcialmente escondidas
pelas barracas, vendem
esses lenços por R$ 15. Ficam
expostos em cabides penduradosnaporta.
De volta aoBrasil, é sómisturar
esses acessórios "low" às
suas peças "hi" e causar inveja
poraí.
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