Quem tem olho e tato pode se dar bem com as pechinchas e baciadas do Lojão do Brás, em São Paulo, que tem variedade de "roupas para a família"

TETÉ MARTINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Lojão do Brás cresceu praticando uma modalidade bem popular de comércio. Em espaços enormes, vende roupa "para a família" a preços que variam de baixo a muito baixo. As peças mais caras ficam expostas nas paredes; as mais baratas se amontoam em baciadas. Em meio ao formigueiro humano, funcionárias tentam "fidelizar" clientes e um cara de microfone alardeia promoções-relâmpago. Provador, nem pensar.
Com piso de granito, escada rolante e seção de cama-mesa-e-banho, o Lojão principal, no largo da Concórdia, constitui um diferencial extra para a rede, que deve sua fama à ótima relação preço/variedade/qualidade -e à proporção de achados por metro quadrado, para quem souber usar olho e tato.
Em terra de preço baixo, salva-se o básico; as linhas masculina e feminina confirmam a máxima. Para homens, há boas camisetas pólo por R$ 22. Para mulheres, moletons e fusôs coloridos de R$ 7 a R$ 15. Mas convém encarar qualquer arara como campo de pesquisa. Entre saias caretas e calças 100% tergal, pode haver uma jaqueta de veludo e tactel por R$ 48.
Já para quem tem filhos de 2 a 10 anos, o Lojão do Brás é só alegria. A seleção infantil feminina reúne tecidos bons, estampas fofas e modelos inventivos. Jardineiras custam R$ 30, camisetas com manga bufante e peito bordado, R$ 15, e um mantô de moletom com vestido florido e bolsinha combinando, R$ 59.
A oferta para meninos é mais sem-graça, mas as camisas pólos listradas (a partir de R$ 9) valem a viagem. Para quem se animou, três regras que aprendi pagando os meus pecados: nunca vá aos sábados; nunca antes do Dia das Mães; e nunca de carro. A estação Brás do metrô fica ao lado.