JENIFFER PERLMAN
COLABORAÇAO PARA A FOLHA

Brasileira ama beachwear e mergulha de cabeça nas modinhas de verão. Mas cada região tem uma predileção bem marcada por um estilo de biquíni.
Cariocas, sempre fãs de tops mínimos e tangas, andam optando por cavas mais fechadas e palas largas. O sutiã cortininha ganha concorrente: tomara-que-caia com bojo, que deixa o colo lindo e segura a onda.
Oskar Metsavath, da carioca Osklen, abriu o leque de opções comportadas. "Tento aproximar o brazilian way ao estilo europeu, com calcinha cobrindo o bumbum. É tendência".
No Nordeste, a vontade é de cores vivas, estampas e pouco pano. "Lá os modelos são menores", diz Jacqueline de Biase, da Salinas. Característica da região é a mania de combinar não só os acessórios (canga, chapéu etc.) com a cor ou estampa dos biquínis como com as sungas de parceiros ou filhos.
Já as paulistas querem sofisticação. "O biquíni ou maiô tem que ser rico em detalhes, com pedras, argolas e bordados", diz Lenny Niemeyer, da Lenny. Cores sóbrias, como cinza, preto e marrom, são preferidas, e o campeão é o sutiã estruturado.
No Sul, a mulher também valoriza biquíni sóbrio e confortável, não está nem aí para marca de bronzeado. "Em São Paulo e no Sul, vendemos mais tamanhos médio e grande. Do Rio pra cima, é "P" e "M", diz Amir Slama, da Rosa Chá.
Tem quem defenda que a preferência por um estilo depende mais do estado de espírito da mulher do que do Estado de origem. "Mulher hoje não fica presa a uma modelagem, troca de tipo de biquíni cada vez que vai à praia", diz David Azulay, da Blue Man. Mas ele também dá uma generalizada: "Mineira gasta muito mais em moda praia,vai ao clube e não repete modelo", afirma. "Em Minas, elas adoram dourado e detalhes grandes", completa a estilista Adriana Degreas.


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