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RIO
Luxo oculto
Pequeno prédio no Leblon reúnebutiques fechadas e cada vez mais ateliês
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Pedro Carrilho/Folha Imagem
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Criações de Gilda Midani expostas na loja 304 do edifício 417
MALU TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um prédio antigo, discreto e
com jeito de residencial, no Leblon, virou ponto de estilistas e
de consumo sofisticado no Rio.
Os quatro andares abrigam
hoje 14 lojas. A maioria vende
roupas exclusivas e só atende
com hora marcada.
Há quatro anos, os primeiros
estilistas começaram a ocupar
o edifício, que fica no número
417 da Dias Ferreira -rua que é
referência no circuito gastronômico da cidade.
Quem não conhece o "predinho da Argumento", como falam os frequentadores, passa
batido por sua fachada, sem
imaginar a variedade de lojas e
ateliês escondidos ali, nos andares acima da livraria.
Além do comércio de roupas
refinadas, há lojas de decoração, acessórios, galeria de arte,
joalheria e brechó.
Quem sobe a escada estreita
em direção às lojas paga caro
para ter toda essa privacidade.
"O custo é alto. Podem me
achar antipática, mas não são
roupas baratas. São para clientes específicas, que não são vítimas da moda", diz Patrícia Viera, dona da grife que leva seu
nome e que ocupa uma loja no
último andar. A peça mais barata, ali, custa R$ 980.
Patricia diz não trocar seu espaço por loja em shopping. Ali
não precisa aguentar "passantes": consumidores que passam
a mão nas peças, mas não compram, segundo sua definição.
A estilista
carioca Gilda
Midani, que
abriu loja no
prédio há
quatro meses, também
fica irritada
quando pegam suas
roupas "de
qualquer jeito".
Marcella Virzi é outra recém-chegada: há dois meses no endereço, cria peças exclusivas,
com bordados. Ela atende, com
hora marcada, gente interessada em roupa personalizada.
"Tenho recebido muita encomenda. Minhas criações são
únicas. As clientes amam, porque frequentam as mesmas festas e não querem se vestir
iguais", diz.
A estreante
Daniela Hoory
inaugurou sua
loja, a Gaina,
ali, há menos
de um mês. Faz
roupas de festa
moderninhas
com preços
mais acessíveis, em relação aos das vizinhas. Os vestidos variam de
R$ 325 (gabardine) a R$ 696
(xantungue). Também vende
saias, calças e boleros em tafetá,
xantungue, linho ou em tecido
levado pela cliente.
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