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Bagagem sem excesso
A reportagem comparou cinco modelos de malas pequenas, com rodinhas, próprias para viagens curtas.Veja aqui vantagens e desvantagens dessas chatas indispensáveis
Anatoliy Samara/Shuttershock
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HELOISA LUPINACCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma mala chateia seu dono
antes até da hora de carregá-la.
A parte mala mesmo é fazer as
coisas caberem ali dentro.
Ainda mais se a bagagem for
arrumada na Quarta-Feira de
Cinzas, com uma pontada da
ressaca despontando. Ainda
mais se incluir abadás usados
ou fantasia de escola de samba
que o dono cisma de guardar
como lembrança (para depois
jogar no lixo). Aí, mais gorda do
que a terça-feira gorda, a mala
vira o túmulo do samba.
A reportagem comparou cinco modelos de mala pequena,
com alça regulável e rodinhas,
do tipo "bagagem de mão", que
pode ser colocada nos compartimentos internos do avião.
No teste, cada modelo foi experimentado com uma muda
padrão de roupas femininas para cinco dias, imaginando-se
uma viagem nacional no feriado de Carnaval. A bagagem
consistiu em: sete calcinhas;
cinco sutiãs; cinco pares de
meia; cinco biquínis; uma camisola; uma canga; um chapéu;
uma toalha; cinco vestidos; cinco blusas; duas saias; um short,
uma calça; um agasalho; um tênis; uma legging; um top; uma
sacola de praia e nécessaire
com protetor solar, hidratante,
xampu, condicionador, escova,
pasta de dente e sabonete.
Além da capacidade de cada
mala, foram observadas a praticidade das divisões internas, a
"dirigibilidade" e a resistência.
A mala da Benetton foi a único que não fechou: suas travas
são substitutas ruins para o
bom e velho zíper, que permite
uma roubadinha, um aperta-força-empurra. Já as travas não
são abertas a negociações.
Nesse item, a melhor foi a da
Kipling, que acomodou tudo
com folga. Além disso, tem um
extensor, que nem foi usado.
Para quem corre o risco de levar a fantasia de volta para casa,
essa é a mala.
No quesito divisão interna,
Samsonite se destacou, com
bolsos bem pensados e divisórias que facilitam a vida. Para
começar, há uma área isolada
por um tecido com zíper, que
divide o espaço interno em
dois. Vem com dois saquinhos
para sapatos e um para roupa
suja. Vem também com um saco transparente para o viajante
colocar os líquidos (em viagens
ao EUA e à Europa, devem estar em embalagens de até 100
ml, lacrados em sacos transparentes tipo zip). E, grand finale:
os forros da Samsonite têm zíperes, como os da Primícia. Ou
seja, um agente de segurança
desconfiado não precisa retalhar a sua mala com canivete.
Os modelos da Benetton e da
Chenson também permitem a
divisão do interior da mala.
Suas tampas ainda acomodam
um vestido sem amassar, que
vai no cabide, dobrado ao meio.
Curvas e choques
Na hora de rodar por aí, Primícia e Samsonite levaram a
melhor. Ambas têm rodas giratórias e podem ser levadas de
lado, que nem caranguejos,
confortavelmente.
Por fim, os produtos foram
submetidos a um teste de choque -bem empírico, reconhecemos. As malas foram atiradas
ao chão, na tentativa de reproduzir a maneira "delicada" com
que são alçadas a voo ao serem
descarregadas de um avião. O
objetivo era checar a resistência das rodinhas, porque pior
do que uma mala sem alça é
uma com uma só roda trabalhando. Todas sobreviveram.
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