São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2009

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Bagagem sem excesso

A reportagem comparou cinco modelos de malas pequenas, com rodinhas, próprias para viagens curtas.Veja aqui vantagens e desvantagens dessas chatas indispensáveis

Anatoliy Samara/Shuttershock


HELOISA LUPINACCI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma mala chateia seu dono antes até da hora de carregá-la. A parte mala mesmo é fazer as coisas caberem ali dentro.
Ainda mais se a bagagem for arrumada na Quarta-Feira de Cinzas, com uma pontada da ressaca despontando. Ainda mais se incluir abadás usados ou fantasia de escola de samba que o dono cisma de guardar como lembrança (para depois jogar no lixo). Aí, mais gorda do que a terça-feira gorda, a mala vira o túmulo do samba.
A reportagem comparou cinco modelos de mala pequena, com alça regulável e rodinhas, do tipo "bagagem de mão", que pode ser colocada nos compartimentos internos do avião.
No teste, cada modelo foi experimentado com uma muda padrão de roupas femininas para cinco dias, imaginando-se uma viagem nacional no feriado de Carnaval. A bagagem consistiu em: sete calcinhas; cinco sutiãs; cinco pares de meia; cinco biquínis; uma camisola; uma canga; um chapéu; uma toalha; cinco vestidos; cinco blusas; duas saias; um short, uma calça; um agasalho; um tênis; uma legging; um top; uma sacola de praia e nécessaire com protetor solar, hidratante, xampu, condicionador, escova, pasta de dente e sabonete.
Além da capacidade de cada mala, foram observadas a praticidade das divisões internas, a "dirigibilidade" e a resistência.
A mala da Benetton foi a único que não fechou: suas travas são substitutas ruins para o bom e velho zíper, que permite uma roubadinha, um aperta-força-empurra. Já as travas não são abertas a negociações.
Nesse item, a melhor foi a da Kipling, que acomodou tudo com folga. Além disso, tem um extensor, que nem foi usado. Para quem corre o risco de levar a fantasia de volta para casa, essa é a mala.
No quesito divisão interna, Samsonite se destacou, com bolsos bem pensados e divisórias que facilitam a vida. Para começar, há uma área isolada por um tecido com zíper, que divide o espaço interno em dois. Vem com dois saquinhos para sapatos e um para roupa suja. Vem também com um saco transparente para o viajante colocar os líquidos (em viagens ao EUA e à Europa, devem estar em embalagens de até 100 ml, lacrados em sacos transparentes tipo zip). E, grand finale: os forros da Samsonite têm zíperes, como os da Primícia. Ou seja, um agente de segurança desconfiado não precisa retalhar a sua mala com canivete.
Os modelos da Benetton e da Chenson também permitem a divisão do interior da mala. Suas tampas ainda acomodam um vestido sem amassar, que vai no cabide, dobrado ao meio.

Curvas e choques
Na hora de rodar por aí, Primícia e Samsonite levaram a melhor. Ambas têm rodas giratórias e podem ser levadas de lado, que nem caranguejos, confortavelmente.
Por fim, os produtos foram submetidos a um teste de choque -bem empírico, reconhecemos. As malas foram atiradas ao chão, na tentativa de reproduzir a maneira "delicada" com que são alçadas a voo ao serem descarregadas de um avião. O objetivo era checar a resistência das rodinhas, porque pior do que uma mala sem alça é uma com uma só roda trabalhando. Todas sobreviveram.


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