Coador de pano polui menos que filtro descartável de pasta de celulose. O tecido, com poros ideais para coar café, é feito de algodão puro e se reintegra à natureza em até cinco meses, diz Camilla Borelli, coordenadora do curso de engenharia têxtil da FEI (Fundação Educacional Inaciana). Enquanto o coador de tecido tem vida útil média de seis meses, se lavado com sabão neutro após o uso, o papel vai para o lixo depois de cada bule enchido.
Ambos materiais são biodegradáveis, e o papel leva vantagem na rapidez para sumir. Isso porque ele feteriora em dois meses, metade do tempo do pano, diz Marcos Alves de Magalhães, engenheiro agrônomo do Centro Universitário de Caratinga. Para evitar poluição, é possível reciclar o filtro, mas seu custo de produção (que inclui um processo químico de branqueamento) é muito mais alto que a feitura do pano simples, afirma Jose Mangolini Neves, pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológicas).
O método "meia da vovó" de coar também é o mais aconselhado para obter café mais saboroso. Enquanto o papel retém parte do óleo responsável pelo sabor da bebida, o pano deixa todo o sabor do grão passar.
"Quanto mais sujinho o filtro estiver estiver, melhor", aconselha Isabela Magalhães, diretora de qualidade do Octavio Café. Outra dica da barista é ferver o tecido novo em água com pó de café. Assim, o paninho perde o "tinindo" de branco e fica pronto para passar o melhor café. "No fim, o antigo é mais gostoso."

*pedido do leitor
Pergunta enviada por Roberto Murilo F. Costa , de Juiz de Fora (MG)

Texto Anterior: Sites fashion já têm paródia "para as pobres"
Próximo Texto: Dia do consumidor: Os dez maiores pesadelos
Índice