A febre de usar calcinha de um par com sutiã de outro dá mais liberdade, quebra a monotonia e multiplica os looks exclusivos. Pegamos 18 conjuntos e trocamos tudo. Jogue-se

FLAVIA MARTIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um passeio por qualquer praia do litoral ou qualquer loja de moda praia dos shoppings mostra que as meninas estão cada vez menos dispostas a usar seus biquínis com as duas peças "originais" de fábrica.
Cada uma pode montar seu próprio par, usando por exemplo o sutiã de um biquíni novo com a calcinha do verão passado. "Essas trocas são bem interessantes e sinalizam um comportamento forte no consumidor de moda de hoje, que é a busca por um estilo pessoal", acredita Amir Slama, ex-estilista e dono da Rosa Chá. Segundo ele, não existem regras na hora de desemparelhar um biquíni.
Listras e bolas, florais pequenos com florais grandes e até geométricos com florais: para Slama, toda a sorte de troca-troca vai bem.
Quem tem medo de arriscar pode começar a brincadeira das novas combinações seguindo alguns truques. A consultora de moda e dona do blog "Moda sem Frescura", Biti Averbach, sugere que as estampas a serem coordenadas tenham pelo menos uma cor em comum.
Para Amalia Spinardi, estilista e dona da grife Jo de Mer, quem não quer errar pode misturar uma padronagem de cores fortes ou cítricas com outra mais neutra. "Uma estampa mais psicodélica, com cores flúor, fica legal com nude, bege ou caramelo." Outra "mistura segura", segunda Amalia, é usar uma parte estampada com outra lisa que tenha uma textura diferente, como o lurex.

Esconde-esconde
O troca-troca pode ser, ainda, um recurso para quem quer esconder uma imperfeição no corpo ou acentuar seus pontos fortes. "A primeira decisão da mulher [para vestir um biquíni] é em cima do tipo físico. Se ela tem pouco peito, precisa de um cortininha. Se ela tem muito peito, precisa de um "cortinão". Uma produção com uma calcinha maior, tipo sunquíni, e um cortininha pequenininho em cima funciona nesse caso", exemplifica Amalia.
Apesar de achar a mistureba "o que tem de mais bacana hoje" na moda praia, a estilista Adriana Degreas, da grife homônima, diz não acreditar que um simples biquíni possa assumir uma "função ortopédica de consertar isso ou aquilo". "Hoje tem muitas opções no mercado e a própria mulher está disposta a assumir essas imperfeições."


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