Nas duas almofadas, padrões tecnológicos desenvolvidos pelo Estúdio Zero, um coletivo de designers pernambucanos

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Nas duas almofadas, padrões tecnológicos desenvolvidos pelo Estúdio Zero, um coletivo de designers pernambucanos

DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Esqueça a praia de Boa Viagem, a Casa da Cultura e o ateliê de Francisco Brennand. Pelo menos se é a sua segunda visita ao Recife e você procura um roteiro menos óbvio.
O artesanato e a visita a pontos turísticos tradicionais ficam de lado e dão espaço para manifestações mais cosmopolitas, principalmente na moda.
Estilistas de novas marcas, como Madame Surtô, Maria da Silva e Meketref, mostram criações contemporâneas, que vestem mulheres de qualquer lugar -alguns sem abrir mão, de vez em quando, do resgate de produtos regionais, como a renda renascença.
O Vitrine reuniu dicas para você conhecer um Recife que vai muito além da tradição.

Estamparia digital
Em um pedaço da Mata Atlântica, região metropolitana de Recife, uma velha fábrica abriga um grupo de designers que faz estamparia com tecnologia digital. Pufes, almofadas, tatames, futons, edredons e papéis de parede são alguns produtos feitos pelo Estúdio Zero. Há também a linha de tecidos customizáveis . Nas fotos, o pufe Mandala (R$ 910) e as almofadas Ouriço e Elis (R$ 69 cada uma). R. Vale do Siriji, 130, Várzea, tel. (81) 3273-2077
www.estudiozero.com

Surto criativo
A grife Madame Surtô se inspira em divas como Audrey Hepburn, Twiggy e Janis Joplin para criar peças feitas à mão. No repertório, babados, bordados, aplicações e tingimentos especiais. Os vestidos, carros-chefe, espiam para os anos 50 e 60. Atrizes antenadas como Alessandra Negrini e Hermila Guedes usam. Nas fotos, os vestidos Joaninha (R$ 422,40) e Libélulas (R$ 303,60). R. Agrestina, 234, tel. (81) 3265-6564
www.madamesurto.com.br

Moda marcada a ferro
A grife Maria da Silva, das estilistas Germana Valadares e Rita Azevedo, aposta em temas regionais, como o rio São Francisco, para fazer roupas cheias de bordados. Na coleção mais recente, a Véstia, inspirada em vaqueiros, a grife mistura couros e tecidos leves. O macacão com estampa inspirada nos ferros de marcar bois (R$ 282) é um destaque. R. Amélia, 373, loja 2, Graças, tel. (81) 3242-8888
www.mariadasilva.com.br

Nada mequetrefe
O ateliê Meketref, formado por Bárbara Formiga, Caio Vinícius e Daniela Amorim, fez sua estréia ano passado. A coleção de verão é baseada em jogos eletrônicos e de tabuleiro, além de RPG. Tecidos como jérsei, tule, fustão e organza compõem vestidos, shorts, tops, camisetas e bermudas.
R. Engenheiro Oscar Ferreira, 130, Casa Forte,
http://meketref.blogspot.com

O pé-quente das passarelas
O megatalentoso designer de sapatos Jailson Marcos reinventou a sandália rústica usada por vaqueiros, transformando- a em item cobiçado por fashionistas. O estilista mineiro Ronaldo Fraga usou as criações de Jailson no desfi le em que homenageou Guimarães Rosa. Neste verão, Jailson aposta em sandálias de estilo romano, feitas de couro e disponíveis em várias cores. Os preços variam de R$ 80 a R$ 200, mas podem alcançar cifras mais altas se a cliente quiser um modelo exclusivo. R. Visconde do Uruguai, 97, Torre, tel. (81) 3445-2306, www.jailsonmarcos.com

Renda, fru-fru e modernidade
Roupa urbana com acabamento manual é a especialidade da Refazenda. Patchwork e renda predominam em saias, vestidos e shorts, mas sem ar folclórico: as roupas são funcionais, indicadas para o dia-a-dia da mulher que gosta de detalhes. O trabalho é desenvolvido em parceria com cooperativas de rendeiras e bordadeiras do interior de Pernambuco. Também os acessórios são bem legais , caso da bolsa de linho rústico da foto (R$ 280).
Pça. Fleming, 66, Jaqueira, tel. ( 81) 3442-0304
www.vivarefazenda.com.br

Artesanato que evolui
A Primitivo Artesanal desenvolve produtos artesanais de alta qualidade, acrescentando refi namento às peças. Passadeiras, jogos americanos, redes, tapetes, toalhas e camisas são alguns dos itens vendidos. Os tecidos são confeccionados em teares manuais no sertão de Pernambuco. A rede, em fi os de algodão, ganhou pinturas rupestres (R$ 130 cada uma). R. Dois Irmãos, 40, Apipucos, tel. (81 )3441-7170, www.primitivoartesanal.com.br


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