DA REDAÇÃO

O amianto de qualquer lugar, em doses altas, faz mal à saúde: o que muda é a legislação de cada país em relação ao uso desse mineral. A Agência Internacional de Pesquisa de Câncer, ligada à OMS (Organização Mundial de Saúde), considera o amianto uma substância cancerígena. "O perigo está relacionado à exposição a doses médias e altas e de forma contínua. Nesses casos, o amianto pode causar câncer de pulmão e de pleura e asbestose", diz o toxicologista Eduardo Mello de Capitani, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.
A asbestose é uma doença crônica, causada pela aspiração ou inalação de partículas liberadas pelo amianto. Segundo o pneumologista Chin An Lim, professor da Faculdade de Medicina da USP, a doença pode levar mais de 15 anos para se manifestar. Ele explica: "As fibras são depositadas nos pulmões e comprometem a capacidade de troca gasosa. O pulmão vai perdendo a elasticidade, ficando duro. O principal sintoma é a falta de ar. Quem trabalha com a fibra de amianto na fabricação de caixas d'água e telhas está mais exposto".
Com relação ao consumo de água saída de caixas d'água, não há evidências de que haja risco para a saúde, segundo a OMS.
"Estudos epidemiológicos não têm evidências sobre doenças relacionadas à ingestão de água", afirma Capitani. Quanto às telhas de amianto, ele diz que contaminam o ambiente, mas em doses baixas.
O amianto é proibido em 48 países. Aqui, a proibição é parcial. A lei federal 9.055/95, de 1995, permite o uso do amianto branco, ou crisotila. (LM)
*pedido de leitor
Pergunta enviada por João Luiz Silva Vendruscolo, de Pelotas, RS


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