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CAPA
O MELHOR DA JOÃO CACHOEIRA
Marcas tradicionais de decoração, outlets e "modinhas" a bons preços compensam o rolê no Itaim
DÉBORA MISMETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
As placas no trecho mais movimentado
da rua João Cachoeira
anunciam um "shopping
a céu aberto". Mas a impessoalidade
e amonotoniados
centros de compra passam longe
do clima amigável da rua do
Itaim, zona oeste de São Paulo.
Não édifícil encontrar osdonos
atrás dos balcões, coisa impensável
emumshopping.
Entre as lojas mais tradicionais
estão as de roupas,muitas
com confecção própria. Amasculina
Di Marino, aberta em
1978, tem gravatas de jacquard
de poliéster por R$ 20 e ternos
de microfibraporR$199.
A Estação de Malhas está há
30 anos no mesmo endereço.
Sua principal mercadoria são
as camisetas básicas de algodão
(duas porR$ 22, na promoção).
Quem sentir falta das grifes de
shopping conta commultimarcas
como a StarWalk, que vende
Ellus (vestido por R$ 275),
Iódice eCavalera, entre outras.
Dois endereços fogem do básico:
o Espaço Grifestore, que
representa marcas cariocas, e a
Sunshine, que tem vestidos indianos
e roupas vindas deGana
(R$ 132,50 o conjunto), além de
objetos de decoração da Guatemala,
de Bali edoPeru.
Sãomuitas as opções de objetos
para a casa. O antiquário
Herrero expõe suas especialidades
na calçada. Uma poltrona
Panton custa R$ 580. Em
frente fica a LS Selection, especializada
em peças de vidro e
cristal. O modelo cilíndrico de
1,20 metro de altura custa R$
790, mas hámenores porR$ 25
cada um. Na Artmix, que abriu
filial no bairro emjulho do ano
passado, as panelas francesas
LeCreuset (R$65 omodelomíni)
são as maisvendidas.
Impossível ignorar a Tecelagem
Cinerama, que expõe os
rolos de tecido no centro da loja.
Tem sempre panos em promoção.
O metro do "toile de
jouy" sai por R$ 19,90. Outro
marco da João Cachoeira é a
Casa Fortaleza, tradicional em
tecidos, carpetes e tapetes, mas
que recentemente começou a
vendermóveis indianos de madeira
maciça. A estante de 1,60
metrode altura custaR$1.625.
Depois daLeopoldo Coutode
Magalhães Jr., o comércio faz
uma pausa e volta após a avenida
Juscelino Kubitschek. O
destaque do quarteirão é o Armazém
da Luz. A luminária de
mesa em forma de lâmpada gigante
custa R$ 324. Mais à
frente, a Empório Naka ocupa
boa parte da quadra. Os preços
dos calçados são convidativos
(sapatilha prateada, R$ 79) e
estão comdescontoatémarço.
Quem procura uma promoção
permanente pode visitar
três outlets em seguida. Na
MOB, as coleções passadas ficamaté70%
mais baratas.Uma
calça jeans sai por R$ 99,50. A
Bobstore tem descontos a partir
de 50%e as roupas são organizadas
por cor.Asaia demalha
com detalhe em crochê custa
R$ 40. Já os caríssimos lençóis
da Trousseau têm 50% de desconto
nas coleções passadas. O
jogo de casal de algodão egípcio
de250fios saiporR$740.
Na seqüência, a Santa Cozinha
vende acessórios como saleiros
da artista Rachel Hoshino
por R$ 32,30 eminicopos de
cerâmica por R$ 52,10 o conjuntocomquatro.
Em frente à loja fica o hortifruti
Natural da Terra. Vasos
compimenta saempor R$4,48,
e a bandeja de cebola picada
custaR$2,98 (300g).
Quase no final da rua, a Santa
Diferença+Oficina da Roça se
destaca pela vitrine recheada
de artesanato, todos feitos em
projetos sociais. A dona da loja,
Ana Rita Castanho, 45, diz que
escolheu o ponto justamente
para ser a única do gênero da
região. Almofadas de crochê
têmpreçosentreR$36eR$96.
AnaRita diz que a loja tem feito
sucesso com a clientela de fora
do Estado. E não é difícil encontrar
os "turistas" na João
Cachoeira. Magali Jung, 69, é
de Porto Alegre e freqüenta o
bairrodesde os anos70."Acada
dois ou três meses, alguma coisa
vai para o chão e outra nova
vemnolugarpor aqui."
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