São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008

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CAPA

O MELHOR DA JOÃO CACHOEIRA

Marcas tradicionais de decoração, outlets e "modinhas" a bons preços compensam o rolê no Itaim

DÉBORA MISMETTI DA REPORTAGEM LOCAL

As placas no trecho mais movimentado da rua João Cachoeira anunciam um "shopping a céu aberto". Mas a impessoalidade e amonotoniados centros de compra passam longe do clima amigável da rua do Itaim, zona oeste de São Paulo. Não édifícil encontrar osdonos atrás dos balcões, coisa impensável emumshopping.
Entre as lojas mais tradicionais estão as de roupas,muitas com confecção própria. Amasculina Di Marino, aberta em 1978, tem gravatas de jacquard de poliéster por R$ 20 e ternos de microfibraporR$199.
A Estação de Malhas está há 30 anos no mesmo endereço. Sua principal mercadoria são as camisetas básicas de algodão (duas porR$ 22, na promoção). Quem sentir falta das grifes de shopping conta commultimarcas como a StarWalk, que vende Ellus (vestido por R$ 275), Iódice eCavalera, entre outras. Dois endereços fogem do básico: o Espaço Grifestore, que representa marcas cariocas, e a Sunshine, que tem vestidos indianos e roupas vindas deGana (R$ 132,50 o conjunto), além de objetos de decoração da Guatemala, de Bali edoPeru.
Sãomuitas as opções de objetos para a casa. O antiquário Herrero expõe suas especialidades na calçada. Uma poltrona Panton custa R$ 580. Em frente fica a LS Selection, especializada em peças de vidro e cristal. O modelo cilíndrico de 1,20 metro de altura custa R$ 790, mas hámenores porR$ 25 cada um. Na Artmix, que abriu filial no bairro emjulho do ano passado, as panelas francesas LeCreuset (R$65 omodelomíni) são as maisvendidas.
Impossível ignorar a Tecelagem Cinerama, que expõe os rolos de tecido no centro da loja. Tem sempre panos em promoção. O metro do "toile de jouy" sai por R$ 19,90. Outro marco da João Cachoeira é a Casa Fortaleza, tradicional em tecidos, carpetes e tapetes, mas que recentemente começou a vendermóveis indianos de madeira maciça. A estante de 1,60 metrode altura custaR$1.625.
Depois daLeopoldo Coutode Magalhães Jr., o comércio faz uma pausa e volta após a avenida Juscelino Kubitschek. O destaque do quarteirão é o Armazém da Luz. A luminária de mesa em forma de lâmpada gigante custa R$ 324. Mais à frente, a Empório Naka ocupa boa parte da quadra. Os preços dos calçados são convidativos (sapatilha prateada, R$ 79) e estão comdescontoatémarço.
Quem procura uma promoção permanente pode visitar três outlets em seguida. Na MOB, as coleções passadas ficamaté70% mais baratas.Uma calça jeans sai por R$ 99,50. A Bobstore tem descontos a partir de 50%e as roupas são organizadas por cor.Asaia demalha com detalhe em crochê custa R$ 40. Já os caríssimos lençóis da Trousseau têm 50% de desconto nas coleções passadas. O jogo de casal de algodão egípcio de250fios saiporR$740.
Na seqüência, a Santa Cozinha vende acessórios como saleiros da artista Rachel Hoshino por R$ 32,30 eminicopos de cerâmica por R$ 52,10 o conjuntocomquatro. Em frente à loja fica o hortifruti Natural da Terra. Vasos compimenta saempor R$4,48, e a bandeja de cebola picada custaR$2,98 (300g).
Quase no final da rua, a Santa Diferença+Oficina da Roça se destaca pela vitrine recheada de artesanato, todos feitos em projetos sociais. A dona da loja, Ana Rita Castanho, 45, diz que escolheu o ponto justamente para ser a única do gênero da região. Almofadas de crochê têmpreçosentreR$36eR$96.
AnaRita diz que a loja tem feito sucesso com a clientela de fora do Estado. E não é difícil encontrar os "turistas" na João Cachoeira. Magali Jung, 69, é de Porto Alegre e freqüenta o bairrodesde os anos70."Acada dois ou três meses, alguma coisa vai para o chão e outra nova vemnolugarpor aqui."


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