Grife não é barata, mas pelo menos não se acha marca de luxo, como algumas concorrentes

Fotos Divulgação

A primeira loja em São Paulo da grife Redley, no shopping Iguatemi

TETÉ MARTINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Redley é uma marca carioca que interpreta os limites da categoria moda praia de um jeito criativo. Embora exista há 25 anos, só começou a chamar atenção para além de sua terra natal nos últimos tempos, emplacando modelos sempre divertidos naqueles álbuns de figurinhas que agrupam as tendências apresentadas em desfiles. Agora, abre sua primeira loja própria em São Paulo, no shopping Iguatemi.
O caminho até lá, que passa pelo sapateiro maluco Christian Louboutin e pelos monogramas em neon da Louis Vuitton, enche de medo o incauto que, de informação sobre a marca, só tem as citadas figurinhas. Seria outra Osklen? Apesar de um parentesco, que você detecta na imagem idílica de verão, construída a peso de ouro, no catálogo "obra de arte" que os clientes levam, a Redley não é baratinha, mas tampouco acha que virou marca de luxo.
Com câmeras Super 8 e skates espalhados por araras-estantes, a ambientação simpática faz lembrar uma casa de praia; tudo bem, se a decoração não deixasse pouco espaço para a roupa, uma tendência atual que a mim dá impressão de querer ocultar falta de produto.
Para além do limbo de peças indistinguíveis que a aposta massiva na cor carbono produz, e da insistência na saruel, que tem o dom de deixar deselegante até a mais certíssima, a loja tem boas ideias para homens e mulheres de alma jovem.
Bons exemplos são as bermudas de surfista, com listrados multicoloridos ou estampas fotográficas pixelizadas, tudo vários graus acima do ramerrame do gênero, por R$ 150; os vestidos de algodão chiques, frescos e originais, por R$ 300; e acessórios legais, como tênis estampado com xadrez brejeiro e bolsinha de couro azul que vira um bolsão. Se bem que, por R$ 270, essa última deveria oferecer um estágio intermediário também.