São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2008

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Presentes até 20 reais

Quem tem nomes demais na lista de Natal pode fixar um limite para cada lembrança. A reportagem ouviu gente de várias áreas e correu lojas atrás de coisinhas boas e baratas

CHANTAL BRISSAC
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Acostumado à palavra "crise", o brasileiro nunca reagiu a ela de forma decidida. "Agora será diferente", diz a pesquisadora Rosa Alegria, do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC- SP.
"Hoje há uma justificativa racional, que mostra a fragilidade do consumo exagerado. A classe média não se pauta mais pelo rico que compra corrente de ouro para o cão, mas sim pela simplicidade e a inteligência".
Não é assim tão simples, afirma o psicanalista Jorge Forbes.
"O brasileiro viveu muitos anos com a sensação de que não precisava poupar, deveria gastar, porque o dinheiro não valia nada. Vivemos com a idéia de que é possível se esbaldar no presente porque o futuro está assegurado. Não caiu a ficha de que o futuro já chegou. É preciso mudar essa mentalidade e agir de forma responsável também nessa área", afirma. Para Forbes, compras singelas são bem-vindas, mas nem sempre se aplicam à realidade. "A moçada é consumista. É muito bonitinho dar bandana de presente, mas uma mãe que presentear a filha com bandana corre o risco de receber uma banana."


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