CINEMA

NOSSO LAR

Saga transcendental

Fernando Masini

Blockbuster nacional, que estreia hoje com 400 cópias no país, retrata mundo espiritual com cenários futuristas e efeitos especiais

"Nosso Lar" chega hoje aos cinemas com números vultosos e jeito de blockbuster. É o filme mais caro do cinema nacional, com orçamento de R$ 20 milhões e uma superprodução que inclui o compositor Philip Glass.

Na onda de atrações espíritas que despontam no ano do centenário de nascimento de Chico Xavier, o longa de Wagner de Assis adapta a história pós-morte contada ao médium pelo médico André Luiz.

Com o mesmo enredo, a peça "Nosso Lar, a Morada da Esperança", de Gabriel Catellani, também está em cartaz.

No longa, acompanhamos a saga de André (interpretado pelo ator Renato Prieto) depois de sua morte. Primeiro, no caótico umbral, uma espécie de purgatório onde chafurdam almas perdidas. Em seguida, na futurista cidade espiritual que dá nome à obra.

É ali que se concentra toda a ostentação estética: uma esplanada, dividida em ministérios, que só lembra Brasília na organização. Alamedas bucólicas cortam uma arquitetura espacial, de tons branco, lilás e azul. Os moradores desse oásis celestial são comandados por Anacleto (Othon Bastos).

Tudo é controlado, até a rebeldia de Eloisa (Rosanne Mulholland), desconfortável na instância superior. No fim, aprendemos a doutrina, mas não embarcamos na trama.

Não recomendado para menores de 10 anos.

FUJA DAS FILAS

- prefira os primeiros horários, a partir das 12h, ou as sessões após as 23h

- verifique o número de lugares das salas e escolha as maiores

- compre ingressos com antecedência ou em salas com cadeiras numeradas