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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 5 A 11 DE DEZEMBRO DE 2008

 

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CINEMA

A Fronteira da Alvorada

Philippe Garrel se aproxima de tom intimista

Ricardo Calil

Três anos depois de ser aclamado em Cannes pela obra-prima "Amantes Constantes", o cineasta francês Philippe Garrel viu "A Fronteira da Alvorada" ser recebido com frieza neste ano. Injustiça. Seu novo filme é um belo trabalho, com muitos pontos distintos em relação ao anterior e alguns poucos em comum -o que talvez explique a decepção em Cannes.

O protagonista é novamente um Louis Garrel (filho do cineasta) às voltas com problemas amorosos. Mas, a trama se situa no presente, e a política deixa de ser o pano de fundo.

O fotógrafo François (Louis Garrel) se apaixona pela atriz casada Carole (Laura Smet), mulher desequilibrada, que transforma a vida de seu amante numa montanha-russa. Quando a relação termina, ele se envolve com a doce Eve (Clementine Poidatz). Mas a figura de Carole volta para atormentá-lo .

A chave de compreensão do filme está em um pensamento banal de um coadjuvante: o amor é como um pára-brisa; em um momento, uma lâmina foge da outra para persegui-la no seguinte. É preciso um grande artista como Garrel para transformar essa frase de pára-choque de caminhão em um filme delicado.

Não recomendado para menores de 14 anos.
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