CINEMA

Hollywoodland - Bastidores da Fama

Longa aborda assassinato e decadência em Hollywood

Ricardo Calil

George Reeves era apenas um ator em busca de trabalho em Hollywood quando foi escolhido para o papel de Superman na TV americana da década de 50. A série o transformou em estrela, mas o impediu de conseguir trabalhos sérios no cinema.

Aos 45 anos, Reeves (Ben Affleck) foi encontrado morto em sua casa. A causa oficial da morte foi suicídio, possivelmente motivado pela decepção do ator com a carreira. Mas os jornais da época levantaram a hipótese de ele ter sido assassinado pela namorada (Robin Tunney) ou pela amante (Diane Lane), mulher de um chefão do estúdio MGM.

"Hollywoodland - Bastidores da Fama" mistura esse caso real com uma trama ficcional sobre um detetive (Adrien Brody) que investiga a morte de Reeves. Como em "Dália Negra" e "Los Angeles - Cidade Proibida", a produção usa as convenções do filme noir para decifrar não um crime, mas a decadência hollywoodiana (no caso, potencializada pela invenção da TV).

Dirigido pelo estreante Allen Coulter, o longa não tem a força visual do primeiro, nem a precisão do roteiro do segundo. Mas é uma eficiente mistura de policial e drama, com potencial para agradar a quem se interessa pelos bastidores do cinema.