Índice O ROTEIRO MAIS COMPLETO
DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 23 A 29 DE JUNHO DE 2006

 

fale com o guia @

CINEMA

Dois Anjos

Diretor se mostra fiel à simplicidade iraniana

Christian Petermann

O cineasta Mamad Haghighat estudou cinema em Paris, cidade em que fundou um festival de filmes iranianos em 1971. É crítico de cinema desde então. Mas sua estréia na direção de longa-metragem, "Dois Anjos", revela-se fiel à simplicidade e ao simbolismo típicos da cine matografia iraniana.

Localizando a ação numa cidade sagrada do Irã, o filme começa com um pai chegando à mesquita para se arrepender pelo assassinato do filho. Sua lamentação costurará a verdadeira história, contada em partes e em flashback. O grande drama, desenvolvido de forma econômica e precisa, nasce quando o filho Ali, durante uma fuga, é seduzido pela música, apresentada a ele por um pastor e sua flauta. A música é considerada pecado no país, e o pai em questão é fundamentalista.

O conflito de opiniões e gerações é sugerido com o olhar ingênuo peculiar aos filmes do Irã, que apresentam gestos e objetos como que vistos pela primeira vez. É clara, por exemplo, a idéia por trás do fato de um mesmo ator interpretar o pai punitivo e o pastor iluminador. A obra se mostra embevecida com a beleza da arte e os símbolos que cercam os anjos do título. É um belo elogio à liberdade de expressão, com roteiro e montagem do próprio Haghighat.
Capa

Shows

Bailão-matinê de funk carioca reúne o DJ Marlboro e MCs como Bola de Fogo no Via Funchal

Teatro

O coletivo Frente 3 de Fevereiro apresenta "Futebol", que parte do esporte para abordar o racismo

Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.