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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 26 DE JANEIRO A 1º DE FEVEREIRO DE 2007

 

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CINEMA

Apocalypto

Derrocada do império maia rende épico primitivo

Christian Petermann

Por onde anda o cineasta que realizou o delicado "O Homem sem Face"? É difícil vislumbrar, em sua produção recente, o Mel Gibson que dirigiu aquele drama intimista (e pouco depois ganhou o Oscar por "Coração Valente"). Depois do execrável "A Paixão de Cristo", Gibson volta para trás das câmeras em "Apocalypto", mais um épico sensacionalista, violento e raso.

É incompreensível sua indicação para o Globo de Ouro de filme em língua estrangeira, posto que é obra para ser ignorada.

Desta vez, o cineasta representa a derrocada do império maia por meio da luta pela sobrevivência do filho de um líder assassinado.

Falado em dialeto maia, o longa até intriga por sua detalhada direção de arte, com magníficos figurinos, mas o roteiro, co-assinado por Gibson, não ilumina a misteriosa cultura maia e reduz o entrecho a uma sucessão de lutas e privações na floresta tropical.

Pratica-se aqui um cinema de valores dúbios, sem nuances dramáticas e, o que é pior, com uma exploração gratuita e inadequada da mutilação física. Por que mostrar um rosto esfacelado por uma onça ou o sangue jorrando de um crânio trincado? Qual é a (falta de) idéia por trás desse espetáculo primitivo?
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