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DE 26 DE JANEIRO A 1º DE FEVEREIRO DE 2007

 

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CINEMA

A Grande Família - O Filme

Com molde de Kurosawa, filme está aquém da série

Ricardo Calil

Ao transformar "A Grande Família" em filme, a equipe do seriado partiu de um saudável desejo de oferecer algo além do programa, um dos melhores da TV brasileira.

Para tanto, criaram uma situação extrema: Lineu (Marco Nanini) descobre estar doente, acredita que vai morrer e tenta refazer as relações com seus familiares, em especial com a mulher Nenê (Marieta Severo), que passa a ser assediada por um ex-namorado (Paulo Betti).

Depois, repetiram essa mesma situação três vezes de maneiras distintas, de acordo com as reações de Lineu à doença. Em "Rashomon" (1950), de Akira Kurosawa, molde clássico para tal estrutura, cada episódio trazia o ponto de vista de um personagem. Em "A Grande Família - O Filme", de Mauricio Farias, o que muda é o gênero ao qual cada parte se filia.

Na primeira, a situação é trabalhada como drama, o que atenta contra o espírito do programa. A segunda e melhor parte investe na comédia pura, o que permite aflorar os gênios de Nanini e Pedro Cardoso (Agostinho). Já o correto desfecho é romântico, mas aí a fórmula já apresenta sinais de desgaste.

No balanço final, o filme fica aquém do seriado. Não é um desastre, mas não foi dessa vez que a Globo acertou na transposição para o cinema.
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