CARTAS

Fora do ar
Cheguei ao Sesc Pompeia às 14h25 de quinta (10/7) para comprar um ingresso para a peça "The Old Woman - A Velha", de Robert Wilson, já que o site saiu do ar no horário de venda, às 20h do dia 8/7. Peguei a senha 34, mas, quando faltava uma hora para começar as vendas, o sistema caiu. Conclusão: só seis pessoas compraram, sendo que todas as poltronas localizadas no balcão, pois estavam lotados os lugares próximos ao palco. Deixei meu nome, e-mail, telefone e o dia que quero assistir. Qualquer dia, o importante é assistir à peça. Mas isso é uma possibilidade se o Sesc não tem ingressos para público? Convidados não pagantes, que nem sabem quem é Bob Wilson, têm lugares garantidos nas primeiras fileiras, para aparecer na coluna social. Que injusto. Acho que os Sesc precisa se organizar melhor pois estou cansada de filas enormes para, na "hora h", ficar sem nada.
Luciana Bellone Dias, 38, professora

Sesc
Procurados com seis dias de antecedência, os responsáveis pelo Sesc não responderam até o fechamento desta edição.

Questão de opinião
Para aproveitar meu dia de folga, eu e minha mulher fomos ao cinema. Lemos o "Guia" e decidimos assistir ao filme "Vizinhos". O critério para a escolha foi as três estrelas recebidas do crítico da "Ilustrada", que sinalizavam que o filme era bom. Eu duvido que o crítico que considerou que este filme é bom o tenha assistido de fato. Por toda minha experiência de vida e paixão que tenho por cinema, eu o desafio a indicar onde é bom, em qual momento ele se emocionou e se ele ao menos riu com as péssimas piadas. Acredito que quando se divulga uma opinião sobre um fato artístico se deve ter cuidado. A minha opinião é somente de meu interesse, mas um crítico que escreve para um grande jornal precisa ser mais responsável. Nesta tarde em que assistimos ao famigerado filme, eu e minha mulher tivemos uma bela discussão. Tudo por causa da opinião de um crítico que não perdeu seu tempo assistindo a esta "obra de arte". Comprei um sapato para a minha mulher ao sair do cinema, na intenção de me redimir com ela. Cinema, não tão cedo --e filmes indicados pelos críticos da Folha, nem pensar.
José Anchieta de Morais, 47 anos, comerciante

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